Romeu Antunes, filho do 'Careca do INSS', atuou como sucessor no esquema após prisão do pai, diz PF

Published 3 hours ago
Source: g1.globo.com
Romeu Carvalho Antunes, filho do "Careca do INSS" preso nesta quinta-feira (18) na operação da Polícia Federal (PF) que investiga o esquema de fraudes em benefícios do INSS, passou a atuar como "sucessor" do pai como operador administrativo da organização criminosa, segundo as investigações. Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", foi preso em setembro, apontado como principal operador do esquema que promovia desvios de recursos em descontos irregulares de aposentados e pensionistas. PF desvios do INSS: senador Weverton é alvo e secretário da Previdência é preso Segundo a Polícia Federal, após o início das investigações da Operação Sem Desconto e com o desgaste em torno de Antunes, Romeu assumiu papel estratégico, tornando-se o principal operador administrativo da organização. Ela também teria atuado ativamente em operações de lavagem de dinheiro e na criação de novas empresas de fachada.  De acordo com as investigações, "os trechos extraídos do celular de Antônio e de outros investigados demonstram que Romeu assumiu papel estratégico, tornando-se o principal operador administrativo da organização criminosa em fase de reorganização", diz a PF. "Romeu dolosamente (de forma intencional) descumpria restrição judicial imposta ao pai, haja vista que servia de ponte para a comunicação entre Antônio e investigados", informa outro trecho. LEIA TAMBÉM: Quem é o filho do 'Careca do INSS', preso na Operação Sem Descontos, que apura desvios no órgão Entre as ações de Romeu apontadas pela PF estão: movimentava recursos em espécie retirados de cofres, há referência a peguei 360 no cofre: comandava reuniões com notários nos EUA; procedia à abertura de novas empresas destinadas a substituir entidades comprometidas; organizava quadros de funcionários Maioria dos ministros da Segunda Turma do STF votam para manter o 'Careca do INSS' preso No fim daquele ano, segundo a Polícia Federal, ele passou a integrar diretamente empresas ligadas ao pai, tornando-se sócio de ao menos quatro negócios e participando indiretamente de outros três. Para os investigadores, essas empresas eram usadas para movimentar recursos oriundos das fraudes e para o repasse de valores a pessoas e entidades ligadas a servidores do INSS. A PF aponta ainda que, entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, a renda de Romeu teve um crescimento considerado incompatível com sua trajetória profissional até então. No período, os ganhos mensais teriam saltado de R$ 1,6 mil para R$ 107,6 mil, o que corresponde um aumento de 63 vezes, coincidindo com sua entrada nas sociedades empresariais do pai. - Esta reportagem está em atualização.

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