Comunidade terapêutica suspeita de manter pacientes em condições análogas à escravidão é interditada no interior de SP

Published 3 hours ago
Source: g1.globo.com
Comunidade terapêutica suspeita de manter pacientes em condições análogas à escravidão é interditada no interior de SP

Comunidade terapêutica é interditada em Araçoiaba da Serra (SP) Canil GCM Sorocaba A comunidade terapêutica localizada em Araçoiaba da Serra (SP), que é investigada pela Polícia Civil por suspeita de manter pacientes em condições análogas à escravidão, foi interditada pela Secretaria de Saúde e pela Vigilância Sanitária nesta quinta-feira (18). Uma pessoa foi presa. A ação contou com a participação da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Guarda Municipal e do Canil da GCM de Sorocaba (SP). Segundo a PM, as equipes realizaram buscas, vistorias e levantamentos no local. No entanto, não foi constatado a suspeita do crime de analogia à escravidão. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Durante a operação, cães farejadores localizaram dois notebooks escondidos em uma área de mata nas proximidades da clínica. Ainda durante a vistoria, a polícia identificou que um dos pacientes possuía mandado de prisão em aberto. O homem foi preso, e os aparelhos foram apreendidos. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Diante das irregularidades encontradas, a Vigilância Sanitária determinou a interdição total da clínica e estabeleceu o prazo de dez dias para que os pacientes, 70 homens no total, retornem às suas cidades de origem e às famílias. Aqueles que não tiverem local para retorno serão encaminhados para outra clínica de reabilitação. O caso é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério do Trabalho. O g1 tenta contato com a instituição mas, até a última atualização desta reportagem, não teve retorno. GCM identifica indícios do crime de trabalho em regime análogo à escravidão em clínica de Araçoiaba da Serra (SP) Canil GCM Sorocaba Início da investigação Nesta segunda-feira (15), a Polícia Civil começou a investigar se os pacientes viviam em condições análogas à escravidão após serem abordados enquanto vendiam sacos de lixo para custear tratamentos na Praça da Matriz, em Taquarituba (SP). Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ao todo, oito vítimas foram localizadas. Os guardas municipais encontraram os pacientes vendendo sacos plásticos de lixo e, ao serem questionados, eles relataram que as vendas serviam para custear os próprios tratamentos. Segundo os relatos aos agentes, a instituição não fornecia alimentação adequada aos pacientes e oferecia “rapé” (tabaco em pó) em substituição a medicamentos. O produto era concedido como “prêmio” mediante o cumprimento de metas de venda dos sacos plásticos. A SSP concluiu que as vítimas foram encaminhadas à Delegacia da Polícia Civil, onde prestaram depoimento. A ação ainda resultou na apreensão de dois celulares - um do motorista da van e um do coordenador da equipe, uma porção de rapé 15.8 gramas, os sacos de lixo e a van utilizada para transportar os pacientes até outras cidades. Guarda Municipal de Sorocaba (SP) participa de ação contra clínica suspeita de trabalho análogo à escravidão Canil GCM Sorocaba Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

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