
Veja detalhes do USS Gerald R. Ford, maior navio de guerra do mundo O Ministério das Relações Exteriores de Trinidad e Tobago anunciou nesta segunda-feira (15) que autorizou o trânsito de aeronaves militares dos Estados Unidos em seus aeroportos pelas próximas semanas. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em comunicado, o ministério afirmou estar comprometido com a cooperação com os EUA em questões de segurança regional. Segundo o país, os EUA afirmam que a movimentação das aeronaves militares faz parte de movimentações logísticas. A movimentação ocorre em um momento de tensão entre EUA e Venezuela. Desde o início da mobilização militar dos EUA no Caribe, o governo Trump diz que está agindo para combater o tráfico de drogas na região. Caça de guerra F-18 decola do deque do porta-aviões americano USS Gerald Ford no mar do Caribe. Divulgação/Marinha dos Estados Unidos O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no entanto, crê que o combate ao tráfico é um subterfúgio para justificar um ataque a seu país, com o objetivo final de tirar os chavistas do poder. Trump já disse mais de uma vez que ataques a alvos terrestres seriam realizados contra o país. Trinidad e Tobago fica no sul do Caribe, muito perto da costa venezuelana. A maior ilha do país é separada do continente pelo Canal de Colombo, que tem apenas 14 km de largura em seu ponto mais estreito. Os EUA vem posicionando há meses um verdadeiro arsenal de guerra no Mar do Caribe, perto da costa venezuelana. O reforço militar inclui porta-aviões, caças e dezenas de milhares de soldados. Desde setembro, Washington tem abatido embarcações no Caribe e no Pacífico supostamente carregadas de drogas que teria como destino o mercado norte-americano. Apreensão de navio Nesta segunda, a Venezuela acusou Trinidad e Tobago de ajudar no "roubo" de um navio carregado com petróleo venezuelano que os Estados Unidos apreenderam na semana passada. A apreensão foi um episódio inédito nas operações militares que o governo de Donald Trump faz perto da costa da Venezuela. Foi a primeira vez que o governo Trump fez o uso da força para assumir um navio petroleiro venezuelano — até agora, as investidas da campanha militar dos EUA no Caribe haviam se limitado a ataques a pequenos barcos que Washington alega serem de traficantes de drogas a caminho do território norte-americano. Desta vez, a apreensão, incomum para as ações de Trump, mirou o principal ativo da economia venezuelana — o petróleo — e, por isso, levantou questionamentos se o episódio pode ser considerado um ato de guerra. A Casa Branca disse que pretende levar o navio para os EUA e apreender o petróleo. O governo de Nicolas Maduro afirmou que "defenderá sua soberania, seus recursos naturais e sua dignidade nacional com absoluta determinação" e que denunciará a apreensão do petroleiro perante os organismos internacionais.
