Silvinei Vasques chega a Brasília; ex-diretor da PRF estava em Foz do Iguaçu após prisão no Paraguai

Published 3 hours ago
Source: g1.globo.com
Silvinei Vasques chega a Brasília; ex-diretor da PRF estava em Foz do Iguaçu após prisão no Paraguai

Silvinei Vasques desembarca em Brasília com escolta da Polícia Federal O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques chegou neste sábado (27) a Brasília e seguiu para sede da Polícia Federal (PF), após ser transferido de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ele saiu de Foz do Iguaçu às 9h20 e decolou às 10h20 em uma aeronave da corporação. A chegada ocorreu por volta das 13h11. A previsão inicial era que ele passasse por exame de corpo de delito por volta das 13h no Instituto Nacional de Criminalística da PF, mas devido ao atraso, a audiência ficou para mais tarde. Silvinei passou a noite de sexta-feira (26) na sede da PF em Foz do Iguaçu após ser preso no Paraguai ao tentar embarcar para El Salvador com documentos falsos. O ex-PRF será levado ainda neste sábado para uma unidade do Complexo Penitenciário da Papuda. O 19º Batalhão de Polícia Militar, conhecido como "Papudinha", recebe presos que precisam de maior segurança, como policiais condenados. Na tarde deste sábado, a PF confirmou que Silvinei já está no sistema prisional. A defesa de Silvinei encaminhou um pedido ao Supremo Tribunal Federal para que ele cumpra prisão em Florianópolis ou na cidade de São José, em Santa Catarina. Silvinei Vasques chega a Brasília em avião da PF Tentativa de golpe Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 24 anos de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado, Silvinei foi entregue às autoridades brasileiras na fronteira. A prisão aconteceu no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, de onde ele foi levado de carro pela polícia paraguaia até Cidade do Leste algemado e com um capuz. Silvinei foi entregue à Polícia Federal brasileira na aduana — o órgão governamental responsável por controlar a entrada e saída de mercadorias, veículos e pessoas em um país. Silvinei Vasques foi condenado pelo STF a mais de 24 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Segundo a decisão, ele atuou para monitorar autoridades e dificultar a votação de eleitores, especialmente no Nordeste. Ao tentar fugir do Brasil, o ex-PRF rompeu a tornozeleira e foi detido no Paraguai ao tentar embarcar para El Salvador com documentos falsos. Ele usou a identidade de Julio Eduardo e chegou a apresentar à polícia paraguaia uma declaração na qual afirmava que tinha câncer na cabeça e não podia falar. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou sua prisão preventiva. O diretor de Migrações do Paraguai, Jorge Kronawetter, informou que durante o comparativo de fotos, numeração e impressões digitais, confirmou-se que Silvinei não era a mesma pessoa apresentada no documento. Durante a abordagem, Silvinei acabou confessando que os documentos não eram dele. Silvinei foi expulso do Paraguai e levado ao Brasil por não declarar sua entrada no país conforme a lei de migrações. Outro motivo para que ele retornasse ao país de origem foi a inexistência de um mandado de prisão contra ele no Paraguai ou ordem de captura pela Interpol, segundo Kronawetter. "Além de ter ingressado de maneira irregular, ele também tentou usar uma identidade que não lhe correspondia, ou seja, são duas causas previstas na nossa lei migratória para proceder à expulsão", explicou o diretor. Kronawetter disse que o Ministério Público do Paraguai vai investigar se os documentos usados por Silvinei foram extraviados ou roubados. Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF preso no Paraguai, chega a Brasília Reprodução/GloboNews Fuga começou na véspera de Natal Em informações enviadas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, a Polícia Federal afirmou que Silvinei Vasques deixou a sua residência ainda na noite de quarta-feira (24), véspera de Natal — antes de a tornozeleira parar de funcionar. As últimas imagens do ex-PRF indicam que ele deixou o condomínio em que mora, em São José (SC), por volta das 19h22 daquele dia. Minutos antes, Silvinei carregou um veículo alugado com sacolas, rações e tapetes higiênicos para animais domésticos. Ele embarcou com um cachorro da raça pitbull. Depois disso, segundo a PF, o ex-diretor da PRF não foi mais visto. Policiais somente foram ao local no dia seguinte, após os primeiros problemas na tornozeleira. De acordo com a Polícia Federal, Silvinei já não estava mais por lá. Antes dos policiais federais, uma equipe da Polícia Penal de Santa Catarina também tentou localizar Silvinei Vasques. Eles foram ao condomínio por volta das 20h10 e permaneceram até 20h25. Não tiveram sucesso, segundo relatório da PF enviado ao Supremo. "Foram até o apartamento do réu, nº 706- Bloco A, mas ninguém atendeu. Também foram até a vaga de garagem, nº 333, e a encontraram vazia." Os policiais federais foram acionados apenas às 23h do Natal. Eles foram à residência de Silvinei, repetiram o procedimento dos policiais catarinenses e também não localizaram o ex-PRF. Ao Supremo, a PF afirma que ainda não é possível "precisar os motivos da violação da tornozeleira eletrônica" e que também não é possível dizer se o equipamento ficou no apartamento de Silvinei Vasques. Silvinei Vasques deixa PF em Foz do Iguaçu e é levado para Brasília - Esta reportagem está em atualização

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