Rede de ciência cidadã 'MICOnsciência' é lançada pela AMLD

Published 3 hours ago
Source: g1.globo.com
Rede de ciência cidadã 'MICOnsciência' é lançada pela AMLD

Rede de ciência cidadã 'MICOnsciência' é lançada pela AMLD Nesta quinta-feira (18), a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD) realizou a live de lançamento oficial da rede de ciência cidadã “MICOnsciência”. (vídeo acima). A iniciativa é apoiada pelo Projeto GEF Áreas Privadas e permite que qualquer pessoa relate, pelo WhatsApp, o avistamento de mico-leão-dourado e da preguiça-de-coleira, colaborando diretamente com o mapeamento e proteção dessas duas espécies ameaçadas de extinção. O evento de lançamento foi transmitido pelo Instagram, com mediação do secretário executivo da Amld, Luís Paulo Ferraz. Participaram da live o presidente da AMLD, Carlos Ramón Ruiz Miranda; a coordenadora técnica do Projeto GEF Áreas Privadas, Mayne Assunção; e a bióloga Camila Rezende, que explicou o funcionamento da rede MICOnsciência e como os moradores podem contribuir. 📱 Siga o canal do g1 Região dos Lagos no WhatsApp. “A ideia é aproximar as pessoas do nosso trabalho de monitoramento da fauna. Com a ajuda das pessoas, poderemos registrar a presença do mico-leão-dourado e da preguiça-de-coleira, além de identificar situações de risco para essas espécies. Os relatos, com o envio de fotos, vídeos e localização, por exemplo, vão compor um banco de dados essencial para estimar populações, mapear áreas de ocorrência e monitorar doenças. Tudo isso contribui para ações reais de conservação”, explicou a bióloga Camila Rezende, que coordenou a implementação da rede MICOnsciência na Amld. Durante a live, também houve interação para responder dúvidas do público. O presidente da AMLD, Carlos Ramón Ruiz, explicou sobre a diferença entre ciência cidadã, quando as participações da população são avulsas; e monitoramento participativo, quando há envolvimento mais permanente do voluntário com o projeto, como no caso de um morador que mantém armadilhas fotográficas (câmeras trap) em sua propriedade para auxiliar no monitoramento de fauna. Ruiz detalhou ainda sobre o tratamento dos dados que chegam à equipe de pesquisa. “A Associação recebe essas informações e nós temos que validar e compilar essas informações, um processo bastante complexo, afinal de contas, é pesquisa, e a informação tem que ser validada para não ter erros, alguma confusão. E aí juntando informação que vem do cidadão com a que vem dos pesquisadores, montamos um banco de dados, que podemos analisar para poder tomar decisões, além de compartilhar essas informações”, destacou. Avistamentos de mico-leão-dourado e da preguiça-de-coleira poderão ser relatados à rede de ciência cidadã da AMLD. Luiz Thiago de Jesus/AMLD (mico-leão-dourado) e Carlos Henrique Nogueira/Divulgação AMLD (preguiça -de-coleira) A coordenadora técnica do Projeto GEF Áreas Privadas, Mayne Assunção, parabenizou a iniciativa e explicou a atuação do GEF junto às propriedades privadas, tanto na Mata Atlântica quanto no Cerrado, onde proprietários rurais também ajudam a monitorar a biodiversidade por meio da Rede Pró-Fauna. O monitoramento da biodiversidade é um dos eixos de atuação do Projeto GEF Áreas Privadas. “A gente tem na Mata Atlântica, a implementação adicional da ciência cidadã, com essa nova proposta da AMLD, pelo Projeto GEF Áreas Privadas, onde a gente consegue envolver a população no avistamento da fauna, consegue registrar essas ocorrências e enriquecer ainda mais o monitoramento desses animais, e até mesmo novos avistamentos. A gente também está nessa busca de identificar novas áreas onde o bicho está acontecendo”, disse. Entre os que acompanhavam a transmissão, estavam moradores da Bacia do Rio São João que ajudam e reconhecem a importância de conservar o habitat do mico-leão-dourado, espécie endêmica da Mata Atlântica do Rio de Janeiro. O secretário executivo da AMLD, Luís Paulo Ferraz, exibiu um breve vídeo explicativo sobre a MICOnsciência e aproveitou o momento para pedir que todos compartilhem a novidade. “Nós convidamos você a ajudar a fazer com que essa rede vá se tornando cada vez mais forte. Conte sobre essa iniciativa da ciência cidadã a seus vizinhos, amigos, a quem vive e frequenta essa região, pois essa informação é muito importante para nós e você vai se envolver cada vez mais fazendo parte dessa nossa rede”, disse Luís, lembrando da ampla rede de parceiros que vem ajudando a Associação a salvar o mico-leão-dourado e a promover o desenvolvimento sustentável em toda a região. Como participar da rede MICOnsciência: Qualquer pessoa que avistar um mico-leão-dourado ou uma preguiça-de-coleira pode fazer o relato pelo canal da MICOnsciência no WhatsApp: (22) 99750-7749. Depois, basta seguir as instruções do atendimento automático, um passo a passo fácil para a coleta de informações, imagens e a localização do animal avistado. O sistema também ajuda o usuário a identificar a espécie em caso de dúvidas. A rede de ciência cidadã da AMLD vai funcionar 24h por dia. Após o encaminhamento das informações, é só aguardar que um pesquisador fará contato com o informante assim que possível. Ciência Cidadã O Sistema de Informação Sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr), que é apoiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), ressalta que a ciência cidadã é uma importante aliada da conservação, pois apoia a produção do conhecimento científico enquanto amplia a rede de pessoas comprometidas com a sustentabilidade ambiental. Projeto GEF Áreas Privadas O Projeto GEF Áreas Privadas também apoia o monitoramento do mico-leão-dourado e a atuação junto às comunidades no território. Ele é coordenado tecnicamente pelo Ministério do Meio Ambiente e do Clima, financiado pelo Global Environment Facility (GEF) e implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Sua gestão financeira é realizada pelo Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS).

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