
Segundo delegado, quadrilha aplicou golpe em delegações internacionais durante a COP30 Uma operação integrada das polícias civis do Pará e de Pernambuco prendeu, nesta sexta-feira (19), ao menos quatro pessoas suspeitas de aplicar o chamado golpe do falso imóvel em estrangeiros que iriam participar da COP30, realizada em Belém, em Novembro. O grupo é suspeito de ter roubado mais de 500 mil euros de delegações internacionais e turistas (veja vídeo acima). Ao menos quatro pessoas foram presas em Pernambuco por suspeita de envolvimento no esquema e um quinto suspeito está foragido. A quadrilha era chefiada por dois italianos e uma brasileira que moram em Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Litoral Sul. ✅ Receba as notícias do g1 PE no WhatsApp A Operação Check Out cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão na capital e nas cidades de Paulista e Ipojuca, no Grande Recife. Foram apreendidos celulares, tablets, cartões bancários, procurações e escrituras de imóveis. Também foi realizado o bloqueio de contas usadas para receber os depósitos. Segundo o delegado Guilherme Gonçalves, titular da Delegacia de Proteção ao Turista do Pará, o grupo criava anúncios falsos de imóveis de luxo em plataformas digitais para atrair vítimas estrangeiras e brasileiras. Embora os golpes tivessem como alvo a capital paraense, toda a estrutura logística e financeira funcionava em Pernambuco. O delegado afirmou, ainda, que os estelionatários conseguiram enganar ministros de pelo menos quatro países: Alemanha, Itália, China e Bangladesh. “Durante a COP, nós recebemos uma ministra do governo alemão que havia identificado que o local que ela havia reservado não estava disponível. Era um apartamento que estava ocupado e ela se deslocou até a delegacia para fazer o registro. [...] Tivemos o secretário-executivo do governo de Bangladesh, uma integrante da delegação da República da Itália e também uma integrante da delegação chinesa”, contou o delegado. Os dois italianos presos são apontados como líderes da organização. A polícia também acredita que o prejuízo causado aos estrangeiros pode ser maior do que os 500 mil euros identificados. “Eles atuam oferecendo anúncios falsos e se beneficiando financeiramente de pessoas de boa-fé que estão participando de eventos não só no nosso país, mas internacionalmente”, disse Guilherme Gonçalves. Ainda segundo a Polícia Civil, o objetos apreendidos serão periciados para identificar a extensão dos golpes e possíveis novos envolvidos. A operação segue em andamento para ressarcimento das vítimas. Polícia Civil apreendeu celulares, tabletes, cartões bancários, procurações e escrituras PCPA/Divulgação VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
