Polícia suspeita que homem forjou carta com ameaça do CV para justificar incêndio e homicídio da namorada e das filhas dela no Rio

Published 14 hours ago
Source: g1.globo.com
Polícia suspeita que homem forjou carta com ameaça do CV para justificar incêndio e homicídio da namorada e das filhas dela no Rio

Myllena Teixeira dos Santos, de 7 anos, e Isabela Teixeira Guimarães, de 4, morreram no incêndio. Arquivo pessoal Fábio Bezerra, de 34 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, nesta segunda-feira (15), pelo triplo feminicídio da namorada e das duas filhas dela, mortas em incêndio em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na sexta-feira (12). Regiane Kelly Teixeira, de 40 anos, estava em casa com o namorado e as filhas, Myllena, de 7 anos, e Isabela, de 4, quando o incêndio começou. As três foram achadas mortas, e Fábio escapou com ferimentos leves. Apontado por vizinhos como possível autor do fogo, ele foi detido por policiais civis logo depois do crime e levado para Delegacia de Homicídio da Capital (DHC), onde foi interrogado. Uma carta com supostas ameaças de traficantes do Comando Vermelho contra Fábio foi achada na casa que pegou fogo. Segundo apurou o g1, durante o interrogatório foram percebidas contradições. Outros vestígios no local e a suspeita de que a carta seria falsa levaram a polícia a prender Fábio em flagrante. Nesta segunda, o pedido de prisão preventiva foi aceito pela Justiça. Mulher e filhas morrem em incêndio em casa em Santa Cruz 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça No dia do crime, parentes e vizinhos acusaram Fábio pelo triplo homicídio. “Esse negócio de feminicídio é um negócio muito complexo. Homem que não aceita terminar a relação. Quem acaba pagando é a família inteira. Foi uma família destruída na manhã desse dia”, lamentou Wiliam Guimarães dos Santos, tio de Isabela. Wallace Guimarães, pai de Isabela, contou que estava trabalhando em Itatiaia quando recebeu a notícia. “Estava em Itatiaia, no trabalho, quando minha enteada mais velha me ligou três e pouca da manhã, falando que a casa da mãe dela estava pegando fogo. Quando eu cheguei aqui, as três dentro de um quarto mortas. Só quero que faça justiça, só isso que eu peço”, disse. A vizinha Lúcia de Oliveira Aquino lembra do último encontro com as meninas. “Ontem passei aqui à tarde, elas estavam com fogãozinho, panelinha, brincando de comidinha. Aí ela falou: ‘tia, quer comer minha comidinha?’ Aí sentei com elas ali, ela botou três acerolas, botou no prato e me deu. E aí eu falei: 'vou voltar pra comer de novo, hein?' Ela: ‘então tá bom’. Me deu um abraço, me beijou”, contou emocionada. “Vai fazer muita falta. Eu tô com coração partido”, completou Lúcia.

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