
Investigação aponta que homem encontrado morto em Bom Jesus da Penha foi executado A Polícia Civil prendeu suspeitos de envolvimento em um homicídio ocorrido em Bom Jesus da Penha (MG). O crime ganhou repercussão em outubro deste ano, quando o corpo de um homem foi encontrado amarrado e parcialmente enterrado em um cafezal no município. 📲 Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram Na ocasião, um trabalhador rural percebeu um forte cheiro vindo da plantação e acionou a polícia, imaginando inicialmente que pudesse se tratar de um animal morto. Com a chegada das equipes, foi constatado que era um corpo humano, dando início às investigações. Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (17), o delegado responsável pelo caso, Manoel Nora, explicou que a apuração começou a partir de um único elemento encontrado junto ao corpo. “Quando nós encontramos o corpo, ele já estava na fase gasosa de putrefação. O rosto não era mais identificável, e a única coisa externa ao corpo era um pedaço de corda”, afirmou. Segundo o delegado, a vítima estava com as mãos amarradas para trás e os pés presos junto às mãos, “em claro sinal de tortura e execução”. A corda chamou a atenção dos investigadores por aparentar ser nova. Corpo de homem é encontrado enterrado em cafezal com as mãos amarradas em Bom Jesus da Penha Polícia Civil “Ela demonstrava uma aparência de primeiro uso. Então, passamos a diligenciar em casas de material de construção, supermercados e outros locais que comercializam corda”, explicou. Durante as diligências, a polícia encontrou um estabelecimento que vendia uma corda idêntica, de padrão tricolor. A partir de imagens de segurança, os investigadores identificaram quem havia feito a compra. “Depois que identificamos essas pessoas, representamos por mandados de busca e apreensão e fomos até a casa delas”, disse o delegado. No cumprimento dos mandados, os policiais localizaram o restante da corda utilizada no crime. De acordo com o delegado, houve uma tentativa de justificar o objeto. “Disseram que seria usada para um balanço, mas a residência era um sobrado e não tinha nem onde amarrar um balanço”, relatou. Outros elementos de prova também foram apreendidos, o que fez a investigação avançar. Ainda conforme a Polícia Civil, inicialmente não havia registro de desaparecimento compatível com as características da vítima. Com o avanço das apurações, o homem foi identificado: ele tinha 32 anos e morava em Passos (MG). “Percebemos desde esse momento que existia algo mais do que uma morte”, afirmou o delegado. As investigações apontaram que a vítima foi levada de Passos até Bom Jesus da Penha, onde foi mantida em um imóvel conhecido como “Cantoneira”. Segundo o delegado, o homem foi submetido a um chamado tribunal do crime. “Foram feitas videochamadas e ligações, onde ele foi julgado, condenado e posteriormente executado”, completou. Os suspeitos presos seguem à disposição da Justiça. A Polícia Civil informou que as investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos no crime. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas
