
PF apreende cerca de R$ 400 mil em espécie em endereço ligado a Sóstenes Cavalcante O PL está acusando a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal de perseguição política diante da operação desta sexta-feira (19), mas deputados do Centrão admitem reservadamente que há indícios de desvio de verbas de gabinete parlamentar que precisam ser investigados. "O PL tem razão em reclamar de uma perseguição política contra seus deputados. Mas, por outro lado, a operação de hoje da PF traz indícios fortes de desvio de verbas da cota parlamentar. Isso é muito ruim, os deputados do PL precisam cobrar explicações de seus assessores", disse ao blog, de forma reservada, um líder do Centrão. Logo cedo, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, fez ligações para deputados da cúpula da Câmara dos Deputados pedindo uma reação da Casa contra a operação que atinge o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), além de assessores dos dois parlamentares. A PF deflagrou nesta sexta a operação Galho Fraco, com objetivo de aprofundar as investigações sobre um esquema de desvio de recursos públicos vindos de cotas parlamentares. Eles são suspeitos de desviar verba pública para empresas de fachada, entre elas, uma locadora de veículos. Jordy negou qualquer irregularidade e disse que a empresa é usada desde o início dos mandatos (veja a nota aqui), Sóstenes ainda não se pronunciou. Deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) Bruno Spada e Vinicius Loures/Câmara dos Deputados Outro líder do Centrão acusa a PF de estar numa estratégia neste final de ano para acuar o Congresso Nacional, mas recomenda de forma reservada o afastamento de assessores suspeitos pelo menos até a conclusão das investigações. No espaço de uma semana, foram realizadas três operações contra parlamentares. No STF e na PF, a resposta a esse tipo de acusação de perseguição política é que as investigações estavam em curso e foram encontrados fortes indícios que demandavam a realização de operações. Segundo investigadores, a PF não pode fechar os olhos para indícios de corrupção, precisa investigar, lembrando que nesta semana a polícia fez uma operação contra um vice-líder do governo no Senado, Weverton Rocha (PDT-MA).
