
Casal de turistas de Mato Grosso é agredido em Porto de Galinhas Uma divergência sobre o valor cobrado no aluguel de cadeiras e um guarda-sol deu origem à confusão que levou à agressão contra um casal de turistas na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco. Imagens gravadas por testemunhas mostram barraqueiros dando socos e pontapés nos empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, que são de Mato Grosso (veja vídeo acima). Segundo os clientes, a discussão começou depois que eles se negaram a pagar R$ 30 a mais do que o valor que havia sido combinado para ficar na barraca. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Veja, abaixo, a sequência dos fatos, segundo relatos dos turistas e dos barraqueiros: Aluguel de cadeiras e guarda-sol A briga Denúncia Intimação Interdição da barraca Aluguel de cadeiras e guarda-sol Johnny e Cleiton contaram ao g1 que: quando chegaram à praia, foram abordados por um funcionário da Barraca da Maura, um dos vários estabelecimentos que ficam na faixa de areia em Porto de Galinhas; ficou combinado com esse atendente que eles pagariam R$ 50 para usar um guarda-sol e cadeiras se não consumissem nenhum petisco no local e que, caso contrário, os turistas pagariam somente o valor do que teriam consumido; os dois, no entanto, não pediram nenhum petisco e afirmam que, na hora do pagamento, o valor do aluguel das cadeiras e do guarda-sol foi alterado para R$ 80 sem aviso prévio, o que deu início a um bate-boca que culminou nas agressões. Os barraqueiros, porém, apresentam outra versão: o garçom Erivaldo dos Santos disse que também foi agredido por um dos turistas depois que eles se recusaram a pagar os R$ 80; segundo o trabalhador, um dos empresários deu um tapa no cardápio e aplicou um golpe de mata leão nele; o funcionário contou também que apenas cobrou os valores que estavam no cardápio (veja imagem abaixo); segundo Erivaldo, os turistas consumiram duas águas de coco e usaram três cadeiras, uma para cada um sentar e outra para guardar seus pertences, além do guarda-sol; a conta daria, no total, R$ 80, já que o aluguel de cada cadeira e guarda-sol custa R$ 20. O funcionário que abordou o casal e arrumou o lugar para eles na praia não foi mais localizado. Cardápio da Barraca da Maura, em Porto de Galinhas, oferece aluguel de cadeira e guarda-sol por R$ 20 cada Reprodução/TV Globo ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. A briga Segundo Erivaldo dos Santos, depois que ele levou o mata leão do turista, os outros garçons chegaram para socorrê-lo. O funcionário disse, ainda, que os empresários estavam bêbados, chegaram à praia de manhã, com dois litros de uísque, e consumiram apenas produtos vendidos por ambulantes. Já os turistas contaram que, após questionarem o valor cobrado pelas cadeiras, foram cercados por aproximadamente 20 barraqueiros, que se reuniram para agredi-los. O casal foi retirado da praia por uma equipe de guarda-vidas. Ferido no rosto, Jhonny precisou de atendimento médico. Ele foi atendido na UPA de Porto de Galinhas e recebeu alta no mesmo dia. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. LEIA TAMBÉM: OUTRO LADO: barraqueiros negam homofobia e preço abusivo INVESTIGAÇÃO: polícia intima agressores e barraca é interditada AGRESSÕES: 'eu vi a morte na nossa frente' REPERCUSSÃO: 'crime grave', diz governadora Raquel Lyra PROCON: o que diz lei sobre consumação mínima Denúncia Antes de serem levados ao hospital, os turistas foram levados para a Delegacia de Porto de Galinhas, onde registraram um boletim de ocorrência. O empresário também denunciou, em vídeo publicado no Instagram, a falta de estrutura em Porto de Galinhas. Segundo ele, foi necessário se deslocar por transporte de aplicativo entre a delegacia e duas unidades de saúde, já que uma delas não dispunha de aparelho de raios-X. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. Intimação Na segunda-feira (29), dois dias após as agressões, policiais civis realizaram uma ação em Porto de Galinhas para intimar os barraqueiros que atuam na área a prestar depoimento. Segundo o governo de Pernambuco, ao menos 14 pessoas envolvidas na confusão foram identificadas. O g1 questionou a Polícia Civil sobre quantos comerciantes receberam a intimação, e a corporação informou que as diligências foram iniciadas e que novas informações só serão repassadas após a conclusão do inquérito. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. Interdição da barraca Também na segunda (29), a prefeitura de Ipojuca decidiu interditar por uma semana a Barraca da Maura, onde a confusão aconteceu. Além da interdição, os funcionários envolvidos deverão ser afastados preventivamente até a conclusão das investigações. Segundo a gestão municipal, as medidas fazem parte de uma série de providências administrativas "para garantir a apuração dos fatos e a preservação da ordem pública". Entre as ações, estão: reforço da fiscalização na orla, com ampliação do efetivo da Guarda Municipal e da Secretaria de Meio Ambiente; intensificação da fiscalização para coibir práticas irregulares, como venda casada e exigência de consumação mínima; reforço das ações de fiscalização quanto ao cumprimento do Código de Defesa do Consumidor, inclusive sobre a ação de pessoas que atuam de forma irregular como “flanelinhas”. Turistas do Mato Grosso denunciam agressões por comerciantes na praia de Porto de Galinhas Reprodução/TV Globo ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
