Dólar opera em queda no último pregão do ano, abaixo de R$ 5,50; Ibovespa sobe

Published 2 hours ago
Source: g1.globo.com
Dólar opera em queda no último pregão do ano, abaixo de R$ 5,50; Ibovespa sobe

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O último pregão de 2025 começou em ritmo mais lento, típico do fim de ano. O dólar recua 1,27% nesta terça-feira (30), cotado a R$ 5,4998 por volta das 11h. O movimento consolida a expectativa de uma queda superior a 10% da moeda americana em 2025, como mostrou o g1. ▶️ A moeda americana caminha para o pior desempenho anual em quase uma década. A trajetória reflete apostas em novos cortes de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA, além de preocupações com o déficit das contas públicas e com a condução da economia pelo presidente Donald Trump. SAIBA MAIS AQUI. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O Ibovespa também abriu em alta na última sessão do ano, com avanço de 0,80%, aos 161.750 pontos. Como mostrou o g1, a bolsa deve encerrar 2025 com valorização superior a 33%, o maior ganho anual desde 2016 — mesmo com os juros no nível mais alto dos últimos 20 anos. ▶️ No caso da bolsa, o desempenho reflete a expectativa de cortes de juros nos EUA e no Brasil, a realocação de investimentos em favor de ativos brasileiros, a maior resiliência do país nas tensões comerciais com os EUA e a avaliação de que as ações brasileiras ainda são negociadas abaixo dos níveis pré-pandemia. SAIBA MAIS AQUI. Nesta terça-feira, em específico, os investidores acompanham com atenção a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve e de indicadores do mercado de trabalho no Brasil. ▶️ A ata do Fed pode trazer sinais sobre os próximos passos do comitê em relação aos juros nos EUA. A possibilidade de novos cortes anima o mercado, mas, se a sinalização for diferente, há espaço para valorização do dólar. ▶️ No cenário político e comercial, o mercado ainda repercute o acordo entre EUA e Israel envolvendo produtos agrícolas e outros setores. Também chamam atenção as críticas de Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell, que classificou como "extremamente incompetente". ▶️ No Brasil, o foco está nos dados do mercado de trabalho. O IBGE mostrou que a taxa de desemprego caiu para 5,2% em novembro, o menor nível da série histórica iniciada em 2012. Também houve recorde no número de pessoas ocupadas e de trabalhadores com carteira assinada. ▶️ Mais tarde, o Ministério do Trabalho divulga o Caged de novembro, com expectativa de criação de cerca de 65 mil vagas formais, o que reforça a leitura de um mercado de trabalho ainda aquecido. ▶️ Entre os indicadores econômicos, os investidores seguem atentos às contas públicas, após o governo central registrar déficit de R$ 20,2 bilhões em novembro, acima das expectativas do mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,27%; Acumulado do mês: +3,91%; Acumulado do ano: -10,29%. 📈Ibovespa C Acumulado da semana: +1,53%; Acumulado do mês: +1,15%; Acumulado do ano: +33,76%. Bolsas globais Fora do Brasil, os mercados de ações iniciam o dia com desempenho misto. Nos EUA, as bolsas operam perto da estabilidade, após duas sessões seguidas de queda em Wall Street. O momento foi marcado por vendas no setor de tecnologia, que vinha acumulando ganhos expressivos ao longo do ano. Ações como Nvidia, Palantir, Oracle e Tesla recuaram com as preocupações de um possível excesso de investimentos ligados à inteligência artificial. O setor de materiais também pressionou os índices, com a Newmont caindo 5,6% após uma forte correção nos preços do ouro e da prata. As bolsas europeias operam perto de máximas históricas. O principal índice, STOXX 600, caminha para encerrar 2025 com o melhor desempenho anual desde 2021. O ano foi positivo para os mercados europeus por conta de juros mais baixos, sinais de estímulo fiscal e maior diversificação dos investimentos globais. Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão com desempenho misto. Na China, o mercado interrompeu uma sequência de nove dias de alta, com investidores embolsando lucros. Mesmo com a pausa, o mercado chinês segue acumulando ganhos expressivos em 2025. O dia foi marcado por mudanças entre setores. Ações de tecnologia, inteligência artificial e defesa avançaram, enquanto papéis do setor imobiliário, além de saúde e seguros, recuaram. O segmento de defesa ganhou força após exercícios militares chineses ao redor de Taiwan. Em Hong Kong, o tom foi mais positivo, impulsionado pelas ações de tecnologia, que atingiram máximas recentes. A estreia de novas empresas chinesas na bolsa local, com boa recepção dos investidores, reforçou o momento mais favorável do mercado de capitais na cidade. No Japão, a bolsa fechou em queda, pressionada por perdas em empresas de tecnologia e de data centers. Ações do SoftBank recuaram após o anúncio da aquisição da DigitalBridge, movimento que pesou sobre o humor dos investidores. Notas de dólar. Luisa Gonzalez/ Reuters

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