
‘Calanguinho’ é preso suspeito de chefiar grupo que furtava Hilux para trocar por drogas no Paraguai e Bolívia. Reprodução Francisco Hélio Forte Viana Filho, conhecido como “Calanguinho”, foi preso no bairro Parangaba, em Fortaleza, no último sábado (27). Ele é apontado pela Polícia Civil como chefe de um grupo criminoso que furtava caminhonetes de luxo, como Hilux e SW4, para vendê-las ou trocá-las por drogas em países como Paraguai e Bolívia. O suspeito tem 29 anos e antecedentes criminais por tráfico de drogas, fraude processual e receptação. O grupo criminoso, do qual ele seria chefe, integra a facção Comando Vermelho. O advogado Taian Lima, que representa a defesa de Francisco Hélio, confirmou que ele estava foragido por dois processos, mas argumentou que não há provas suficientes para condenação (veja a nota na íntegra abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp A prisão ocorreu após uma abordagem de rotina da Polícia Militar, na Avenida 1º de Janeiro, no bairro Parangaba. O suspeito, que estava anteriormente foragido no Rio de Janeiro, tentou fugir após reagir à abordagem, mas foi capturado após perseguição. LEIA TAMBÉM: Polícia prende 13 por queima de fogos que celebrava mudanças no comando de facção no Ceará Trio é preso ao trafegar em carro roubado em Fortaleza; veja vídeo A Polícia Civil do Ceará, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), identificou que o grupo atuava principalmente no Ceará, na capital e região metropolitana, furtando caminhonetes de luxo para vendê-las ou trocá-las por drogas no Paraguai e na Bolívia. A quadrilha também tinha forte atuação no Distrito Federal. Atuação do grupo criminoso Ações do estado são suficientes para conter avanço das facções no Ceará? Segundo a Polícia Civil do DF, os veículos furtados passavam por adulteração dos sinais identificadores antes de serem levados para estados com fronteira com países produtores de matéria-prima para drogas ilícitas, onde eram trocados, geralmente, por cocaína e maconha. Além disso, o grupo inseria os veículos furtados no mercado clandestino e comercializava peças após o desmanche. A organização era estruturada em quatro núcleos: Estratégico, Operacional, Logístico e Financeiro. O núcleo estratégico comandava a estrutura criminosa, planejava os furtos, coordenava as ações e fornecia equipamentos para burlar sistemas de segurança dos veículos, que se destacam pelo alto valor comercial e tecnologia avançada. A Polícia Civil do Ceará informou que, com o cumprimento deste mandado, toda a quadrilha investigada pela Operação Rapinas foi desarticulada e está presa. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou 32 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema. A investigação também aponta indícios de envolvimento do grupo com tráfico de drogas e armas. Os integrantes responderão por associação criminosa, lavagem de dinheiro, furtos noturnos qualificados pela participação de duas ou mais pessoas e fraude com uso de dispositivo eletrônico, além de roubo qualificado. Nota de Taian Lima, advogado da defesa de Francisco Hélio "De fato, o nosso constituinte estava foragido por conta de 02 mandados de prisão preventiva em seu desfavor. O primeiro, expedido pela justiça alencarina, estando a ação penal está em grau de recurso, oportunidade em que pleiteamos a absolvição por insuficiência de provas. A apelação deverá ser julgada em 2026. O segundo, decorrente da Operação “Sakichi”, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, tendo sido encerrada a instrução criminal e atualmente em fase de memoriais (de acusação e defesa). Em ambos os processos a defesa técnica entende que não foram produzidas provas suficientes para sustentar uma condenação. Não há sequer um único liame entre Hélio e a suposta quadrilha especializada em furtos de caminhonetes e luxo." Assista aos vídeos mais vistos do Ceará
