
Aliados de Tarcísio de Freitas veem movimento do PP pelo governo de São Paulo com ceticismo Aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos) veem com ceticismo o anúncio do Progressistas de que avalia lançar um candidato ao governo de São Paulo. A avaliação de interlocutores ouvidos pelo blog é de que o anúncio é uma forma de fazer um aceno ao pré-candidato e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em busca de um possível vice, de pressão por mais cargos e emendas, e que o projeto deve enfrentar resistência dentro da federação do partido com o União Brasil. Segundo um interlocutor, integrantes do governo estadual foram pegos de surpresa com o anúncio. O PP anunciou no sábado (27) que avalia lançar um nome do partido para concorrer ao governo de São Paulo em 2026. Entre as razões mencionadas, o descontentamento de prefeitos e deputados da legenda com a relação com a gestão Tarcísio, uma percepção de distanciamento entre integrantes do governo estadual com dirigentes da sigla e a estratégia de ter um candidato mais alinhado a Flávio Bolsonaro. Dirigentes do partido relataram ao blog que a relação com o governo estadual anda desgastada e que foram cobrados por prefeitos e deputados por uma candidatura própria. O movimento também pode ajudar na formação de bancada – atualmente, o partido tem quatro deputados federais por São Paulo e quer ao menos mais dois. Os dirigentes avaliam que um nome ideológico como palanque poderia ser mais estratégico. Mas dizem que o plano só irá adiante caso surja um candidato viável que pontue bem em pesquisas. Como possibilidades de nomes, os dirigentes citam Filipe Sabará, ex-secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo e aliado de Flávio Bolsonaro, e o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP). Ao blog, Salles afirma que agradece a consideração, mas que se mantém firme na decisão de concorrer ao Senado. Outro nome ventilado nos bastidores é o do ex-governador Rodrigo Garcia, mas aliados relatam que ele até tem disposição para disputar um cargo majoritário, mas não contra Tarcísio ou Ricardo Nunes (MDB), caso ele concorra. Hoje, o PP não integra o alto escalão do governo Tarcísio. O deputado federal e ex-secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP-SP), deixou a gestão em novembro. O secretário da Casa Civil, Arthur Lima, desfiliou-se da sigla em 2024. O partido compôs a coligação de Garcia no primeiro turno das eleições de 2022. Depois, declarou apoio a Tarcísio. Apesar da convicção de Flávio em concorrer à presidência, há integrantes da sigla que veem Tarcísio como o melhor nome. Mas ponderam que ainda é cedo para mensurar qual será o peso do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao filho e do abandono a Tarcísio. Governador Tarcísio de Freitas entrega primeiro trecho do Rodoanel Norte. Pablo Jacob/Governo do Estado de SP
