Moto aquática usada para roubar casal dentro do mar pode chegar a 80 km/h e custa R$ 70 mil; veja

Published 2 hours ago
Source: g1.globo.com
Moto aquática usada para roubar casal dentro do mar pode chegar a 80 km/h e custa R$ 70 mil; veja

Casal é assaltado dentro do mar por criminosos em moto aquática no litoral de SP A moto aquática usada por dois criminosos para roubar um casal que estava em um caiaque no mar de São Vicente, no litoral de São Paulo, custa em média R$ 70 mil. O veículo de casco recreativo comporta até três ocupantes e pode atingir velocidade de 80 km/h. O equipamento havia sido alugado pelos suspeitos e foi localizado na sexta-feira (26) em uma marina da cidade, não identificada pelas autoridades. De acordo com a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), a moto aquática foi lacrada no local por estar envolvida no crime e por trafegar em área destinada a banhistas. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. O consultor de motos aquáticas e gerente da Marina Jet Lounge, Maike Augusto, explicou ao g1 que o modelo GTI da marca Sea-Doo possui 130 HP de potência e é considerado simples de pilotar. “A mão direita acelera, a esquerda freia ou dá ré. Então é bem simples a pilotagem. Uma pessoa, por mais que seja leiga, ela tem uma explicação básica ali no momento e já consegue pilotar tranquilamente”, afirmou. Moto aquática usada no crime foi lacrada em uma marina de São Vicente CPSP e Reprodução Segundo ele, o modelo de moto aquática é bastante usado para locações e acomoda um tripulante e dois garupas. “Os modelos GTI possuem casco recreativo que são menores e mais ágeis”, descreveu. Apesar disso, Augusto explicou que a pilotagem do veículo exige cuidado. "Não é somente um brinquedo, ele é perigoso, é uma máquina que pode matar um banhista", alertou. Conforme apurado pelo g1, veículos da marca Sea-Doo já estiveram em campanhas dos surfistas Lucas Chumbo e Ian Cosenza, além do cantor Luan Santana. O g1 não conseguiu contato com a marca até a publicação desta reportagem. Moto aquática usada por criminosos pode chegar a 80 km/h CPSP Flagrante O crime aconteceu em 21 de dezembro, a cerca de 100 metros da faixa de areia da Praia dos Milionários. Uma gravação feita por uma testemunha mostra crianças brincando na beira do mar, enquanto o casal é abordado pelos criminosos mais ao fundo. Nas imagens, é possível ver que os criminosos ficaram alguns segundos em contato com o casal e pegaram os remos que eles estavam usando. Em seguida, um ladrão chegou a bater com o objeto na cabeça de uma das vítimas. Rael Fabiano Veiga Ungaretti, de 19 anos, foi identificado por meio do vídeo do assalto contra um casal que estava em um passeio de caiaque em São Vicente (SP) Polícia Civil/Divulgação e Reprodução O vídeo ainda mostra o momento em que a dupla se afasta do casal, levando os remos. Logo depois, os ladrões abandonam os objetos no mar e aceleram a moto aquática. Relato da vítima Ao g1, a mulher de 47 anos relatou que os criminosos se aproximaram com a moto aquática e deram uma derrapada para jogar água no caiaque. Em seguida, a dupla pediu desculpas e gritou para outra moto aquática a frase: "É casal". Logo depois, os suspeitos anunciaram o assalto, pedindo as alianças. "Começou a andar em círculo em volta da gente apavorando. Aí deu aquela desestabilizada", relembrou a mulher, dizendo que o marido, de 53, tentou argumentar com os criminosos informando que eles eram moradores da cidade. Ladrão bateu com o remo na cabeça de uma das vítimas durante assalto em São Vicente (SP) Reprodução Porém, a dupla começou a perder a paciência. "Eles aproveitaram que o nosso remo caiu no mar e começaram a bater no meu marido", afirmou. A mulher contou que ele ficou com ferimentos na perna e na cabeça. "Começaram a bater nas costas, na nuca, na cabeça. Eu fiquei em pânico porque eu falei assim: 'Se ele desmaia aqui, morre afogado'". A vítima ainda disse que, depois das agressões, eles entregaram as alianças aos ladrões e rapidamente a dupla fugiu. Assalto ocorreu dentro do mar em São Vicente (SP) Reprodução Polícia Em nota, a Polícia Militar disse que, nos casos de infrações penais já consumadas e em que não se configure a situação de flagrante delito, a providência adequada consiste na formalização do respectivo registro de ocorrência junto ao Distrito Policial competente. "Tal medida tem por finalidade subsidiar o planejamento das ações preventivas da Polícia Militar, bem como apoiar as atividades de polícia judiciária e investigativas desenvolvidas pela Polícia Civil". Prefeitura Em nota, a Prefeitura de São Vicente informou que a ocorrência foi atendida pela PM. A prefeitura tem apoiado as investigações realizadas pela Polícia Civil, além de promover fiscalizações em marinas por meio de forças-tarefa e blitz surpresa com a PM, visando inibir irregularidades, como o aluguel de motos náuticas sem registro, que podem ser utilizadas para fins ilícitos. A administração municipal informou que também estuda novas formas de regulamentar, com maior rigor, o trânsito de qualquer tipo de embarcação em sua orla. A prefeitura ainda disse que a Marinha do Brasil é a principal responsável pela segurança no mar e que já oficiou os órgãos competentes, solicitando fiscalizações e monitoramento com maior intensidade, especialmente durante a alta temporada.

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