
Laudo confirma que explosão de casa em SP foi causada por manuseio ilegal de fogos O laudo do Instituto de Criminalística de São Paulo confirmou que a explosão em uma casa, que deixou um morto e dez feridos, foi causada por armazenamento irregular e manuseio clandestino de fogos de artifício. A campainha remendada é um sinal de que a vida aos poucos vem sendo retomada em uma rua de São Paulo onde no dia 13 de novembro aconteceu uma explosão. Dez vizinhos ficaram feridos. Uma pessoa morreu. O corpo de Adir Mariano, que morava na casa que explodiu, só foi reconhecido alguns dias depois. Ele já havia sido investigado pelo crime ambiental de soltar balões. O Jornal Nacional teve acesso ao laudo do Instituto Crimalistica que faz parte das investigações policiais. O documento mostra como ficaram as partes internas e externas dos imóveis. No local foram encontrados: 1,2 mil foguetes, 18 bombas, sete rojões de vara e 27 bombas de projeção. Havia ainda artefatos rudimentares - explosivos improvisados, instáveis, com alto risco de detonação e caixas de papelão, com rojões, dentro de um carro, na garagem da casa. Uma vizinha acordou com os vidros das janelas explodindo. "Nossa garagem precisa trocar as telhas porque está tudo arrebentado. O carro do meu filho foi atingindo, meu carro ficou danificado no teto. Foi uma coisa que não dá para comentar", desabafa Odelice França Queiroz, dona de casa. Laudo confirma que explosão de casa em SP foi causada por armazenamento irregular e manuseio ilegal de fogos de artifício Reprodução/TV Globo A casa está abandonada e o portão aberto. O laudo detalha a dimensão da tragédia: confirma que a causa foi o armazenamento irregular e o manuseio negligente de explosivos para fabricação clandestina dos fogos de artifício. O documento também aponta o epicentro da explosão, que de acordo com os peritos do Instituto de Criminalística, ocorreu no fundo da casa, atrás de uma montanha de entulhos. Após acidente, casa que explodiu em SP está abandonada e com portão aberto Reprodução/TV Globo O acidente traz um alerta principalmente agora com a chegada do fim de ano: apesar de não existir uma regra para armazenar fogos de artifício, o consumidor deve comprar só o que vai utilizar e evitar guarda em casa. Na hora da compra, procurar apenas as lojas licenciadas. "Fogos de artifício nunca são vendidos a granel. Os fogos de artifício tem que ser vendidos na embalagem de fábrica, e esse é um diferencial do mercado formal. Além disso, sempre exigir nota fiscal, que é o documento máximo da procedência e, por fim, não menos importante, se atentar as informações, as orientações de uso e de segurança que vêm em todas as embalagens, além de outros dados importantes, como data de validade, naturalmente, como qualquer produto", explica Guilherme Santos, coordenador da Aliança Brasileira da Pirotecnia. Laudo confirma armazenamento irregular e manuseio ilegal de fogos de artifício como causa principal de explosão em casa em SP Reprodução/TV Globo
