
Servidor da CGU agride ex-namorada e filho dela no DF A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou David Cosac Junior, servidor da Controladoria-Geral da União (CGU) que agrediu a ex-namorada e o filho dela em 7 de dezembro. A corporação disse, na manhã desta sexta-feira (26), que o indiciamento aconteceu em 8 de dezembro. David Cosac Junior deve responder por lesão corporal contra a mulher e maus-tratos contra a criança de quatro anos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Em sessão extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira (26), foi publicado o afastamento cautelar do servidor por 60 dias (veja foto abaixo). Afastamento do servidor David Cosac Junior Reprodução Indiciamento Ainda segundo a Polícia Civil, os laudos do Instituto de Medicina Legal (IML) deram positivos para as agressões e apontaram lesões contusas na ex-namorada do servidor e na criança, que também apresentou manchas avermelhadas nas laterais do rosto. 🔎 Após o indiciamento pela Polícia Civil, o investigado passa a ser formalmente considerado suspeito. A investigação policial continua, podendo resultar no envio do caso ao Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça. Em nota enviada na quarta-feira (24), o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, disse que os "fatos são gravíssimos e inaceitáveis" e que servidor será investigado (veja íntegra no final da reportagem). Além disso, o ministro determinou que o servidor seja proibido de entrar nos prédios da CGU, enquanto as apurações estiverem em andamento. LEIA TAMBÉM: Justiça concede medidas protetivas a criança agredida Servidor da CGU já foi denunciado por ameaçar funcionário de supermercado Lula determina abertura de processo para expulsão do servidor Servidor CGU David Cosac Junior, de 50 anos, investigado por agredir a ex-namorada e o filho dela no DF reprodução Como foi a agressão Em 7 de dezembro de 2025, David Cosac Junior, de 50 anos, agrediu a ex e o filho dela de quatro anos no estacionamento de um prédio em Águas Claras (veja vídeo no início da reportagem). As imagens mostram que o servidor da CGU estava ao lado da mulher, que segurava o filho no colo. Eles estavam aguardando o elevador. Após uma breve conversa, o homem iniciou as agressões com socos e tapas na mulher e na criança, por cerca de 20 segundos. O homem só parou as agressões quando a mulher e a criança caíram o chão. Ao se levantarem, o homem deu mais um tapa na cabeça da criança, momento em que a mãe tentou afastar ele do filho. Após um morador do prédio denunciar o caso, a Polícia Civil foi até o local e falou com David Cosac Junior. No entanto, a corporação não disse se ele chegou a ser preso. Aos policiais, segundo o boletim de ocorrência, David alegou que "havia terminado o namoro com a mulher agredida e que se desentendera com a mesma e entrado em vias de fato". O que diz o ministro da CGU "Recebi, com indignação, as informações e imagens veiculadas na imprensa que mostram agressões praticadas por um servidor da Controladoria-Geral da União contra uma mulher e uma criança. Os fatos são gravíssimos e inaceitáveis. Quero ser claro ao dizer que violência contra a mulher e contra crianças é crime. Não se trata de desentendimento, conflito privado ou questão pessoal. Estamos falando de agressão, de violação à lei e de afronta à dignidade humana. O enfrentamento à violência contra a mulher é uma prioridade do Governo do Brasil e um dever das instituições públicas. A Controladoria-Geral da União reafirma, de forma inequívoca, o compromisso com os direitos humanos, com a ética e com a integridade do serviço público, e não vai se omitir diante de episódios como esse. No campo criminal, os fatos devem ser apurados pelas autoridades competentes, nos termos da legislação penal. No âmbito administrativo, a CGU já adotou providências imediatas. Os fatos divulgados indicam violação grave aos deveres funcionais previstos na Lei nº 8.112/1990, especialmente ao artigo 116, inciso IX, que impõe ao servidor público o dever de manter conduta compatível com a moralidade administrativa. Diante disso, determinei: o encaminhamento das notícias do fato à Corregedoria-Geral da União (CRG) e à Comissão de Ética da CGU, com a imediata abertura de investigação preliminar de responsabilidade, para apuração das responsabilidades ética e disciplinar, no âmbito das competências administrativas; a revogação imediata da designação do servidor como substituto eventual da chefia imediata, com publicação da determinação em edição extraordinária do Diário Oficial da União ainda nesta terça-feira (23/12). a proibição de ingresso do servidor nos prédios da Controladoria-Geral da União, enquanto as apurações estiverem em andamento, como medida administrativa necessária à preservação do ambiente institucional e ao regular andamento das apurações. A CGU vai acompanhar o caso e adotar todas as providências cabíveis dentro das próprias atribuições, com rigor, responsabilidade e respeito ao devido processo legal. Vinícius Marques de Carvalho - Ministro da Controladoria-Geral da União" Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
