
Diddy foi considerado inocente de acusações mais graves; entenda o caso Sean "Diddy" Combs acionou a Justiça dos Estados Unidos com um pedido de soltura imediata, contestando a validade de sua pena de 50 meses de prisão. A solicitação do rapper foi noticiada pela imprensa americana nesta quarta (24). Segundo o site da revista americana "Variety", a defesa do artista protocolou um recurso de 84 páginas. O documento alega que a punição aplicada pelo tribunal federal teria sido excessiva e baseada em interpretações que extrapolaram o veredito do júri. Argumentos da defesa Advogada de Combs, Alexandra A.E. Shapiro, criticou o juiz Aran Subramanian, afirmando que o magistrado teria atuado como um "décimo terceiro jurado". Segundo o recurso, o juiz ignorou a decisão final dos jurados ao concluir que o músico teria "coagido e explorado" mulheres para fins sexuais, além de liderar uma conspiração criminosa — acusações das quais ele não foi considerado culpado pelo júri. O documento ressalta que, para os crimes pelos quais Combs foi condenado, as sentenças costumam ser inferiores a 15 meses, mesmo em situações onde há comprovação de coerção. 16 de setembro - Sean ‘Diddy’ Combs foi preso. Ele é alvo de processos por tráfico sexual e agressão. Mark Von Holden/Invision/AP Histórico do caso A condenação de Diddy ocorreu em julho, quando ele foi considerado culpado de duas acusações de transporte para fins de prostituição. No entanto, o artista foi absolvido de crimes mais graves, como tráfico sexual e extorsão, que poderiam resultar em penas muito mais severas. Durante a audiência de sentença em outubro, o juiz Subramanian deixou claro que o histórico de violência do rapper influenciou sua decisão, citando especificamente as imagens de 2016 que mostram Combs agredindo sua ex-companheira, Casandra "Cassie" Ventura. Na ocasião, o magistrado afirmou que a mesma força usada para ferir mulheres deveria ser utilizada para ajudá-las, encorajando Combs a aproveitar sua "segunda chance". Liberdade de expressão e situação atual Além de questionar o tempo de prisão, a defesa tenta agora reverter a condenação utilizando um argumento baseado na Primeira Emenda da Constituição americana. Os advogados dizem que as interações sexuais e as filmagens realizadas por Combs estariam protegidas pelo direito à liberdade de expressão, uma tese que já havia sido descartada anteriormente pelo tribunal. Atualmente, Sean Combs cumpre sua pena no Instituto Correcional Federal Fort Dix, em Nova Jersey. Caso o recurso não prospere, sua data de libertação está prevista apenas para maio de 2028.
