
Bolsonaro deixa PF para ser internado em hospital A Polícia Federal (PF) montou um esquema de segurança para o período em que Jair Bolsonaro estiver internado no hospital DF Star, em Brasília. O ex-presidente vai passar por uma cirurgia para tratar um quadro de hérnia nesta quinta-feira (25). As medidas foram detalhadas na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a transferência de Bolsonaro da sede da PF, onde está preso, até a unidade hospitalar. Segundo a decisão, o transporte de Bolsonaro da Superintendência da PF em Brasília, onde ele está preso, para o Hospital DF Star, onde ele será internado, deveria ser realizado "de maneira discreta, e o desembarque deverá ser feito nas garagens do hospital". Imagens do comboio do ex-presidente Afonso Ferreira/TV Globo Bolsonaro entrou no carro pela garagem, na sede da PF, e deixou o local por volta de 9h30. O trajeto até o hospital durou cerca de cinco minutos. No DF Star, ele também entrou pelo subsolo e foi encaminhado para uma região separada dos demais pacientes. Moraes determinou que: A PF deve providenciar "completa vigilância e segurança do custodiado durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão. Também precisará garantir a segurança e fiscalização 24 horas por dia, mantendo, no mínimo, dois policiais federais na porta do quarto do hospital, bem como as equipes que entender necessárias dentro e fora do hospital. Também está proibida a entrada de computadores e telefones celulares no quarto onde ficará Bolsonaro — exceto os equipamentos médicos. A previsão é que ex-presidente permaneça internado para acompanhamento após o procedimento por cerca de cinco a sete dias, de acordo com a equipe médica. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso de forma preventiva neste sábado (22) Wilton Junior/Estadão Conteúdo O ministro autorizou nesta terça-feira (23) que Bolsonaro passe por dois procedimentos cirúrgicos: um para tratar de duas hérnias inguinais e outro de bloqueio anestésico do nervo frênico, relacionado às crises de soluço. A equipe médica, no entanto, avalia que apenas a cirurgia de hérnia será realizada neste momento. O segundo ficará para outra ocasião. Os procedimentos foram pedidos pela defesa do ex-presidente, que apresentou laudos médicos. A PF realizou uma perícia, a mando do STF, e também apontou a necessidade de atendimento. A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi ouvida e manifestou concordância com os procedimentos médicos. A defesa havia pedido três acompanhantes — a esposa, Michelle, e os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro. Moraes autorizou que Michelle seja "acompanhante durante toda sua internação", e determinou que "as demais visitas somente poderão ocorrer com prévia autorização judicial".
