Bill Clinton pede a Trump que divulgue todos os arquivos de Epstein relacionados a ele: 'Não precisamos de proteção'

Published 2 hours ago
Source: g1.globo.com
Bill Clinton pede a Trump que divulgue todos os arquivos de Epstein relacionados a ele: 'Não precisamos de proteção'

Arquivos de Epstein têm quadro de Clinton e fotos de celebridades O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton divulgou um comunicado nesta segunda-feira (22) pedindo que todos os registros relacionados a ele que estejam nos arquivos da investigação contra Jeffrey Epstein sejam divulgados "imediatamente". ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O democrata, que aparece em várias fotos já expostas ao público com o bilionário, repostou na rede social X o documento, enviado à imprensa por seu porta-voz. No texto, Angel Ureña pede que o atual presidente, Donald Trump, instrua a procuradora-geral, Pam Bondi, a liberar "quaisquer materiais restantes que façam referência, mencionem ou contenham uma fotografia de Bill Clinton". O comunicado também afirma que a forma como o material foi divulgado, parcialmente e com censura, mostra que alguém está sendo protegido: "O que o Departamento de Justiça divulgou até agora — e a forma como o fez — deixa uma coisa evidente: alguém ou alguma coisa está sendo protegida. Não sabemos quem, o quê ou por quê. Mas sabemos o seguinte: não precisamos de tal proteção". Initial plugin text A declaração corrobora críticas que vem sendo feitas por outros democratas e vítimas de Epstein, que acusam o governo Trump de 'acobertamento seletivo' ao divulgar os arquivos de bilionário. De acordo com a agência Associated Press, pelo menos 16 imagens sumiram da página do governo Trump com documentos sobre o caso Epstein. Marina Lacerda, a brasileira que foi uma das vítimas abusadas pelo empresário Jeffrey Epstein, criticou a censura presente nos arquivos das investigações em entrevistas no sábado (20). Ao ser questionado sobre o caso Epstein nesta segunda-feira (22), o presidente Donald Trump ficou irritado. Reafirmou que nunca esteve na ilha do bilionário e que "todo mundo" andava com ele. Sobre Clinton, declarou: "Não tenho nada contra o Bill Clinton, ele sempre me tratou bem. Ele é 'grandinho', pode se defender sozinho". Epstein, que mantinha relações próximas com políticos e pessoas famosas, foi condenado por abusar de menores e por comandar uma rede de exploração sexual. A liberação dos documentos da investigação ocorreu após o Congresso dos Estados Unidos aprovar, em novembro, um projeto de lei que obrigou o governo a tornar públicas as informações da investigação. A proposta foi sancionada pelo presidente Donald Trump, e mais de 300 mil páginas passaram a ser divulgadas. Ricos e famosos, Bill Clinton exposto: o que há nos arquivos de Epstein Ex-presidente dos EUA Bill Clinton ao lado de Jeffrey Epstein. Reuters O governo dos Estados Unidos divulgou na sexta-feira (19) novos arquivos da investigação sobre Jeffrey Epstein. O material reúne fotos do bilionário com diversas celebridades, cita o Brasil e traz centenas de páginas com trechos censurados. Entre os arquivos estão fotos de Epstein ao lado de celebridades como Michael Jackson, Mick Jagger e o ex-presidente Bill Clinton. Não há informações sobre quando ou em que contexto as imagens foram feitas. Segundo o The New York Times, em uma das imagens, Clinton aparece em uma banheira de hidromassagem ao lado de uma pessoa com o rosto borrado. Em outra, o ex-presidente está em um avião ao lado de uma mulher, também com o rosto borrado, usando camisola. Uma terceira mostra Clinton abraçado com Epstein durante um jantar sofisticado. Clinton em uma banheira de hidromassagem ao lado de uma pessoa com o rosto borrado. Reuters O porta-voz de Clinton afirma que o ex-presidente rompeu relações com Epstein muito antes de os crimes virem à tona, mesmo discurso repetido por Donald Trump. A ausência de referências a Trump chamou atenção, já que fotos e documentos relacionados a ele vêm aparecendo há anos em divulgações anteriores de materiais ligados a Epstein, segundo a agência Reuters. O nome de Trump, por exemplo, constava em listas de voo do avião particular de Epstein que integravam um primeiro lote de documentos divulgado pelo Departamento de Justiça em fevereiro. Epstein foi acusado de abusar de mais de 250 meninas menores de idade. O caso voltou a ganhar destaque neste ano com o vai e vem do presidente Donald Trump sobre a liberação dos arquivos. Ainda em novembro, o Congresso dos EUA publicou mensagens que sugerem que Trump tinha conhecimento da conduta de Epstein. Em um e-mail de 2018, o bilionário escreveu que o atual presidente “passou horas” em sua casa com uma das vítimas. Epstein e Trump foram amigos entre a década de 1990 e o início dos anos 2000. O bilionário foi preso em julho de 2019 e, segundo as autoridades, tirou a própria vida um mês depois, dentro da cela. O presidente dos EUA, Donald Trump, durante evento na Casa Branca em 6 de novembro de 2025 REUTERS/Jonathan Ernst Durante a campanha de 2024, Trump prometeu várias vezes que, se voltasse à Casa Branca, tornaria públicos arquivos secretos sobre o caso. Em uma entrevista, ele chegou a dizer ser “muito estranho” que a lista de clientes de Epstein nunca tivesse sido divulgada. Em fevereiro deste ano, o governo liberou uma série de arquivos sobre o caso. A procuradora-geral de Trump, Pam Bondi, chegou a afirmar que uma lista de clientes estava "em sua mesa para ser revisada". Depois, no entanto, o Departamento de Justiça disse não ter encontrado provas da existência dessa relação. A declaração frustrou apoiadores de Trump, muitos dos quais espalham teorias da conspiração sobre o caso — algumas impulsionadas pelo próprio presidente. Desde então, ele passou a minimizar o tema e chegou a chamar de “idiota” quem ainda se importava com o assunto. A postura de Trump aumentou a pressão política da oposição e até de membros do próprio partido do presidente para que todos os documentos fossem divulgados. Nos últimos meses, Trump passou a chamar o movimento de “farsa” criada pela oposição para desviar a atenção de temas como o orçamento federal. Jeffrey Epstein, preso por crimes sexuais, em fotografia tirada pela Divisão criminal de justiça de Nova York New York State Division of Criminal Justice Services/Handout/File Photo via REUTERS VÍDEOS: mais assistidos do g1

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