Mais procurados do Brasil respondem por homicídio, tráfico de drogas, organização criminosa e roubo

Published 2 hours ago
Source: g1.globo.com
Mais procurados do Brasil respondem por homicídio, tráfico de drogas, organização criminosa e roubo

Lista de mais procurados do Brasil tem preso em flagrante há três meses Os criminosos mais procurados do Brasil respondem principalmente por crimes como homicídio, tráfico de drogas, organização criminosa e roubo, segundo levantamento do g1 que analisou a "lista vermelha" do Ministério da Justiça e Segurança Pública. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A ferramenta foi lançada no início do mês e integra o Projeto Captura, lançado pelo ministério como um esforço entre os governos dos estados e o federal para combater o crime organizado. Na sexta-feira (19), o g1 revelou que o nome e a foto de um homem preso em flagrante há três meses no Paraná ainda seguiam na lista até quinta-feira (18). Tiago Alessandro Alves dos Santos foi preso em 7 de setembro, segundo o Ministério Público paranaense, por uso de documentos falsos. Ele responde também por outros crimes. Após a reportagem questionar o ministério e o governo do Paraná, Tiago foi excluído da lista. Tem uma sugestão de reportagem? Mande para o g1 em foto, vídeo ou texto Veja abaixo os crimes mais cometidos que aparecem na lista de procurados nesta segunda-feira (22): Os procurados por homicídio representam 44% dos criminosos que integram a lista, enquanto os que respondem por tráfico, 42%. Os dois são os crimes mais recorrentes. Até a tarde de sexta-feira, 191 pessoas constavam na lista disponibilizada pelo governo federal. Há 188 homens (98,5%) e três mulheres (1,5%) na lista. Veja a lista completa: O que é a lista de procurados do Ministério da Justiça A criação da lista de procurados foi determinada por uma portaria de 2023 do Ministério da Justiça. Segundo essa norma, os objetivos são: Divulgar os nomes das pessoas cuja prisão é estratégica para o combate a organizações criminosas; Auxiliar os órgãos de segurança a prender esses criminosos, a partir de denúncias anônimas da população (o site tem os telefones 190, 197 e 181); Contribuir para a redução de indicadores de crimes graves, violentos, hediondos ou semelhantes; Garantir o cumprimento da lei penal (pela regra, só entra na lista quem é alvo de mandado de prisão). Segundo a norma, cada governo estadual pode indicar até oito nomes para constarem da lista de mais procurados – em uma contagem feita nesta semana, o g1 contabilizou 191 nomes. Também segundo a regra, o governo estadual deve comunicar o Ministério da Justiça se um procurado for preso ou se o mandado de prisão contra ele for revogado. O ministério, entretanto, pode retirar o nome da lista se tiver "conhecimento inequívoco ou comprovado" da prisão ou da revogação do mandado de prisão. Preso em lista de mais procurados Um homem que está preso desde setembro no Paraná aparecia, até quinta-feira (18), como um dos mais procurados da Justiça no Brasil. Tiago Alessandro Alves dos Santos foi preso em flagrante em 7 de setembro, segundo o Ministério Público paranaense, por uso de documentos falsos. Ele responde também por outros crimes. Ainda assim, até quinta-feira (18), o nome e a foto dele apareciam na lista de procurados do Projeto Captura. Após o g1 questionar o ministério e o governo do Paraná, Tiago foi excluído da lista. O Ministério da Justiça disse que os nomes que constam da lista de procurados do Projeto Captura "foram indicados pelas autoridades estaduais" e que "não realiza validação individualizada nem divulgação detalhada da situação processual de cada pessoa listada". Sobre o caso de Tiago, afirmou que o Departamento Penitenciário do Paraná avisou as autoridades locais, que excluíram de seus dados e "diante disso, o nome foi retirado da lista vermelha" do governo federal. "Assim, o Ministério reitera que a responsabilidade pelo envio, atualização e correção das informações no Programa é das autoridades estaduais, com base em seus registros policiais e judiciais", disse o Ministério da Justiça, ao g1. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná e o Departamento de Polícia Penal do Estado negam ter fornecido os dados de Tiago para o Ministério da Justiça. Colaboraram: Aline Nascimento (g1 AC), Thaís Brito (g1 CE), Ana Lídia (g1 DF), Viviane Machado (g1 ES), Yanca Cristina (g1 GO), Rafael Cardoso (g1 MA), Rogério Júnior (g1 MT), Débora Ricalde (g1 MS), Gustavo Demétrio (g1 PB), Douglas Maia (g1 PR), Iris Costa (g1 PE), Marina Servio (g1 PI), Leonardo Erys (g1 RN), Duda Romagna (g1 RS), João Gabriel Leitão (g1 RR), John Pacheco (g1 SC) e Gabriela Almeida (g1 SP).

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