Envolvido em rebelião com cinco mortos retorna a presídio do Acre após dois anos

Published 2 hours ago
Source: g1.globo.com
Envolvido em rebelião com cinco mortos retorna a presídio do Acre após dois anos

Ao todo, 14 presos envolvidos em rebelião que deixou 5 mortos foram transferidos do Acre em 2023 Asscom/Iapen O detento Cleidivar Alves de Oliveira, que estava custodiado desde setembro de 2023 na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, por envolvimento na rebelião que terminou com cinco presos mortos no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, retornou ao sistema prisional do Acre após decisão da Justiça Federal. Ao g1, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que a transferência ocorreu no domingo (21). O retorno foi autorizado após o encerramento do período de permanência no sistema penitenciário federal e o indeferimento do pedido de prorrogação para que ele continuasse na unidade. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Ainda conforme o Iapen, a transferência foi feita sob esquema de segurança reforçado e de forma sigilosa. A custódia segue sob os protocolos de segurança da unidade de segurança máxima. Outros detentos transferidos após a rebelião permanecem em presídios federais. g1 em 1 minuto - AC: Inquérito sobre rebelião em presídio com 5 mortos não foi finalizado As investigações apontaram que a rebelião foi planejada semanas antes, com o objetivo de promover a facção criminosa, facilitar uma tentativa de fuga e eliminar líderes de um grupo rival. Segundo o MP, Cleidivar teve participação ativa no motim e foi apontado como um dos integrantes do grupo responsável pela execução do plano dentro da unidade prisional. LEIA MAIS: Um ano após rebelião com 5 mortos no Acre, investigações do MP apontam falhas do Estado: 'Negligência e omissão' Vídeo mostra detentos saindo de celas para começar rebelião em presídio de segurança máxima no Acre Foragidos de presídio em Mossoró são denunciados por rebelião no Acre que terminou com cinco mortos A rebelião começou na manhã de 26 de julho de 2023 quando presos renderam policiais penais e tiveram acesso às armas que foram usadas para tomar o pavilhão de isolamento da unidade. O policial penal Janilson da Silva Ferreira foi atingido por um tiro no olho, mas conseguiu sair do local. Outro servidor foi mantido refém até o final da rebelião, que terminou por volta das 10h do dia 27 de julho. Antes de se entregarem, os presos exigiram a presença do promotor dos Direitos Humanos do Ministério Público, Tales Tranin, para colocar fim à rebelião. As investigações apontam que, cerca de dez dias antes da rebelião, foram feitas algumas transferências estratégicas de presos para o pavilhão 1. Após a transferência, os detentos iniciaram o processo de serrar as portas das celas e se prepararem para a fuga. Rebelião Treze detentos estavam no pavilhão no dia da rebelião. Imagens de câmeras internas do presídio, que estavam funcionando, mostram o momento exato que a tentativa de fuga começou. Eram 11 horas quando um policial penal entrou armado para entregar marmitas para o almoço. O faxineiro, detento que fica solto na unidade e auxilia os policiais, também aparece nas imagens carregando as marmitas quando os presos saem das celas. Um deles corre em direção ao policial penal e outro ao faxineiro. Os dois são feitos reféns. O delegado Roberth Alencar explicou que a rebelião seguiu uma sequência de ações planejadas, que começou com o corte das portas das celas do pavilhão 1, seguido do acesso ao depósito para obtenção de armas. Preso foi feito refém durante rebelião em presídio no Acre Reprodução Em seguida, os presos tentaram executar um plano de fuga e atacar integrantes de grupos rivais. Segundo o delegado, parte dos detentos foi coagida a mudar de facção sob ameaça, com uso de armas pertencentes ao próprio Estado. Ainda conforme Alencar, a decisão foi fugir e eliminar líderes rivais, com o objetivo de enfraquecer o grupo adversário e ampliar o poder da organização criminosa dentro do sistema prisional. Transferências e investigações Após a rebelião, o governo do Acre solicitou a transferência dos envolvidos como forma de isolamento e contenção das lideranças criminosas. Parte dos presos foi encaminhada ao sistema penitenciário federal em setembro de 2023, em operação coordenada pelas forças de segurança. Em março de 2024, o Gaeco informou que os detentos denunciados passaram a responder também a processos em prisão preventiva, além das penas já cumpridas, e que as ações entraram na fase de coleta de defesas preliminares. As investigações sobre a rebelião foram divididas em diferentes frentes e incluem apurações sobre falhas estruturais e operacionais do Estado, além da possível participação de servidores públicos. Um inquérito civil instaurado pelo MP-AC apura responsabilidade do Estado por omissão e negligência no caso. VÍDEOS: g1

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