
Acidentes aumentam 10,7% e geram gastos de R$ 179 milhões em Ribeirão Preto, SP Uma pesquisa do Infosiga, sistema que monitora sinistros em todo o Estado de São Paulo, mostrou que, em um ano, os acidentes em Ribeirão Preto (SP) geraram gastos que ultrapassaram os R$ 179 milhões, considerando custos com saúde, atendimento de emergência, danos materiais e perda de produtividade. Entre novembro de 2024 e outubro de 2025, a cidade registrou 62 mortes no trânsito, aumento de 10,7% em relação ao período anterior, quando foram contabilizados 56 óbitos. A pesquisa também produziu um ranking das avenidas de Ribeirão Preto com mais acidentes registrados. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp De acordo com Rudilea Couteiro, gerente de segurança viária da RP Mobi, a imprudência segue como a principal causa de acidentes na cidade. "O fator de risco ainda é a imprudência, o excesso de velocidade, o avanço no semáforo vermelho, conversões proibidas. O motorista ou o pedestre toma alguma conduta inesperada porque viola a regra de trânsito e isso acaba comprometendo bastante esses números que a gente vê pelo Infosiga". Veja abaixo as avenidas com mais ocorrências: Avenida Doutor Francisco Junqueira Acidentes: 399 Fatais: 3 Feridos: 72 Avenida Presidente Vargas Acidentes: 250 Fatais: 0 Feridos: 50 Avenida Independência Acidentes: 185 Fatais: 0 Feridos: 37 Avenida Treze de Maio Acidentes: 184 Fatais: 3 Feridos: 29 Ainda de acordo com Rudilea, um dos planejamentos futuros é a implantação de fiscalização nestas vias com mais ocorrências. "Temos realizado um estudo bem recente de levantamento de algumas vias principais, dentre elas a Francisco Junqueira, a Celso Charuri, a Via Norte, a Doutor Nadir Aguiar, e algumas outras vias, para avaliar o comportamento do trânsito e implementar a fiscalização no sentido de coibir essa prática do excesso de velocidade, tendo em vista que é o fator principal para sinistros, graves e óbitos". Trânsito na Avenida da Saudade em Ribeirão Preto, SP Reprodução: EPTV Saúde demanda recursos Além do impacto no trânsito e na mobilidade urbana, o aumento no número de acidentes também pressiona diretamente o sistema público de saúde. Na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, os casos envolvendo sinistros de trânsito fazem parte da rotina da sala vermelha. A médica Marcela Curci Vieira de Almeida, responsável técnica pela emergência do HC, explica que os pacientes chegam, na maioria das vezes, com ferimentos graves que demandam muitos recursos e longas internações. "Esses pacientes que se encontram em uma situação de emergência, ou seja, um risco iminente de morte, com proposta de tratamento cirúrgico, já vão para a cirurgia, mas, muitas vezes, têm um trauma que a lesão não é cirúrgica. É um tratamento conservador, mas, mesmo assim, precisa ficar internado. Então essa internação, no mínimo, dura 30 dias". A especialista ainda explica que, após os 30 dias, esse tratamento não acaba com a alta. O paciente precisa continuar em observação em casa, deixando de ter uma rotina produtiva e precisando da ajuda de parentes. "A gente fala que o tratamento do paciente nunca acaba na alta. São pacientes que, normalmente, demoram para reabilitar de seis meses até dois anos, vai depender da lesão. Além de que, muitas vezes, ficam dependentes para fazer atividades básicas até que seja possível reabilitar por completo". Hospital das Clínicas (HC-UE) de Ribeirão Preto, SP Ronaldo Gomes Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região
