
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar sobe nesta sexta-feira (19) e avançava 0,12% por volta das 10h15, cotado a R$ 5,5293. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operava perto da estabilidade no mesmo horário, com leve recuo de 0,01%, aos 157.906 pontos. Os investidores iniciam o dia atentos a indicadores econômicos e ao cenário político. A agenda inclui dados relevantes no Brasil e nos Estados Unidos, além da votação do Orçamento. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Em Brasília, a Câmara dos Deputados vota hoje o Orçamento de 2026. A sessão está marcada para o meio-dia, no Plenário, e deve concentrar atenções pelo impacto fiscal e pelas disputas políticas em torno da proposta. ▶️ Ainda pela manhã, o Banco Central informou que o Brasil teve déficit de US$ 4,943 bilhões nas transações correntes em novembro, resultado praticamente em linha com o que o mercado esperava. Em novembro do ano passado, o saldo negativo havia sido menor. ▶️ No campo político, pesquisa AtlasIntel divulgada na véspera mostrou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente nas simulações para a eleição de 2026. O levantamento também indica desempenho de Flávio superior ao do governador paulista Tarcísio de Freitas no primeiro turno. ▶️ Nos EUA, serão divulgados os números de vendas de moradias usadas de novembro e o índice de confiança do consumidor de dezembro — dois termômetros importantes para avaliar o ritmo da economia americana. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado: 💲Dólar a Acumulado da semana: +2,07%; Acumulado do mês: +3,51%; Acumulado do ano: -10,63%. 📈Ibovespa C Acumulado da semana: -1,77%; Acumulado do mês: -0,72%; Acumulado do ano: +31,29%. Investimentos no Brasil O Brasil recebeu em novembro um volume de investimento estrangeiro direto acima do que o mercado previa. Com isso, o total acumulado no ano já ultrapassou a estimativa do Banco Central para 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira. O investimento direto — recursos aplicados por empresas estrangeiras na economia brasileira, como abertura de fábricas, ampliação de operações ou participação em companhias locais — somou US$ 9,820 bilhões em novembro. 👉 O valor ficou acima dos US$ 6,5 bilhões esperados por analistas consultados pela Reuters e também superou o registrado no mesmo mês de 2024, quando haviam entrado US$ 5,664 bilhões. De janeiro a novembro, o ingresso desse tipo de capital alcançou US$ 84,164 bilhões, alta de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. O montante já supera a projeção do Banco Central para o ano inteiro, atualmente em US$ 75 bilhões — estimativa que havia sido revisada na véspera, após inicialmente prever US$ 70 bilhões. Segundo o BC, a nova projeção equivale a entradas de investimento direto de cerca de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse percentual está próximo da média registrada desde 2021 e levemente abaixo dos 3,7% observados na década anterior à pandemia. No acumulado de 12 meses até novembro, porém, o investimento direto correspondeu a 3,76% do PIB. Esse volume foi suficiente para cobrir o déficit em conta corrente, que ficou em 3,47% do PIB. A conta corrente reúne todas as transações do país com o exterior, como comércio de bens, serviços, rendas e transferências. Em novembro, o déficit em transações correntes foi de US$ 4,943 bilhões, resultado alinhado à expectativa do mercado, que apontava para um saldo negativo de US$ 4,95 bilhões. No mesmo mês de 2024, o déficit havia sido de US$ 4,418 bilhões. Um dos componentes desse resultado foi a conta de renda primária, que inclui remessas de lucros, dividendos e pagamento de juros ao exterior. Em novembro, essa conta apresentou déficit de US$ 6,169 bilhões, maior do que o rombo de US$ 5,796 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior. A balança comercial — diferença entre exportações e importações de bens — teve superávit de US$ 5,119 bilhões em novembro, abaixo do saldo positivo de US$ 6,043 bilhões observado um ano antes. Já a conta de serviços, que engloba gastos com viagens internacionais, transportes, seguros e serviços contratados no exterior, registrou déficit de US$ 4,454 bilhões, menor do que o resultado negativo de US$ 5,051 bilhões em novembro de 2024. Bolsas globais As bolsas em Wall Street operavam em alta nesta quinta-feira, impulsionadas por dados de inflação abaixo do esperado, que reforçaram as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve no próximo ano. Por volta das 12h, o Dow Jones subia 0,61%, a 48.180 pontos. O S&P 500 avançava 0,92%, a 6.783 pontos, e a Nasdaq ganhava 1,29%, a 22.988 pontos. Os mercados asiáticos fecharam mistos, com investidores buscando setores defensivos diante das tensões regionais e preocupações com gastos em inteligência artificial. A aprovação de um pacote recorde de armas dos EUA para Taiwan impulsionou ações ligadas à defesa, enquanto tecnologia e imobiliário recuaram, pressionados por incertezas sobre financiamento e crise de dívida da Vanke. No fechamento, Xangai subiu 0,16%, a 3.876 pontos, enquanto o CSI300 caiu 0,59%, a 4.552 pontos. O Hang Seng avançou 0,12%, a 25.498 pontos. Em Tóquio, o Nikkei recuou 1,03%, a 49.001 pontos, e Seul perdeu 1,53%, a 3.994 pontos. Taiwan caiu 0,21%, Cingapura recuou 0,11%, e Sydney fechou em baixa de 0,16%. Cotação do dólar mostra menor confiança na economia brasileira devido a gastos e dívidas do governo Jornal Nacional/ Reprodução
