Saiba quem é Antonio Carlos Rodrigues, deputado do PL que assinou cassação de Eduardo Bolsonaro e Ramagem

Published 1 hour ago
Source: g1.globo.com
Saiba quem é Antonio Carlos Rodrigues, deputado do PL que assinou cassação de Eduardo Bolsonaro e Ramagem

'Fiz o que tinha que fazer', diz Hugo Motta sobre cassação de Eduardo Bolsonaro e Ramagem O deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP) assinou as cassações dos mandatos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e de Alexandre Ramagem (PL-RJ) pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (18). Antes de apoiar a perda de mandato de dois colegas de partido, Rodrigues já teve sua expulsão do PL anunciada – com a sigla voltando atrás da decisão depois – após elogiar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do processo que condenou Ramagem e de investigações contra Eduardo. A cassação foi por decisão da Mesa Diretora, composta pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), dois vice-presidentes, um deles do PL, quatro secretários e quatro suplentes, para o caso de ausência do titular. Em função da ausência do 4º secretário da Mesa, deputado Sergio Souza (MDB-PR), o primeiro deputado suplente, Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), assumiu como quarto secretário a assinou o texto das cassações. 🖊️ Também assinaram os documentos, os deputados Carlos Veras (PT-PE), primeiro-secretário; Lula da Fonte (PP-PE), segundo-secretário, Delegada Katarina (PSD-SE), terceira- secretária; Paulo Folleto (PSB-ES), segundo suplente e Dr. Victor Linhalis (Podemos-ES), terceiro suplente. Além de Rodrigues, outros dois suplentes assinaram a decisão porque, além de Sérgio Souza, outros dois integrantes da Mesa Diretora não assinaram: o primeiro vice-presidente, Altineu Côrtes (PL-RJ), e o segundo vice-presidente, Elmar Nascimento (União-BA). O deputado federal Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP). Agência Câmara Polêmica após elogio a Moraes e críticas a Trump No final de julho, o deputado afirmou em entrevista publicada pelo portal Metrópoles que a aplicação da lei Magnitsky a Moraes é "absurda". "É o maior absurdo que já vi na minha vida política. O Alexandre é um dos maiores juristas do país, extremamente competente. Trump tem que cuidar dos Estados Unidos. Não se meter com o Brasil como está se metendo", disse o parlamentar na entrevista ao portal. Após a fala e pressionado pela bancada, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, expulsou Rodrigues do partido. À época, Valdemar afirmou que naquele momento de sanções dos Estados Unidos, era preciso "diplomacia e diálogo" e apontou que demais parlamentares do PL chamaram a atitude de "ignorante". “Antônio Carlos Rodrigues acaba de ser expulso do Partido Liberal (PL). A pressão da nossa bancada foi muito grande. Nossos parlamentares entendem que atacar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma ignorância sem tamanho. Trump é o presidente do país mais forte do mundo. O que precisamos é de diplomacia e de diálogo, não de populismo barato, que só atrapalha o desenvolvimento da nossa nação. Chega de arrumar confusão. Temos que arrumar o Brasil”, disse ao blog da Andréia Sadi. Entretanto, quase um mês e meio depois, já em setembro, o PL voltou atrás e não expulsou Antonio Carlos Rodrigues da legenda. "O Conselho de Ética do Partido Liberal concluiu que não havia fundamento legal para a instauração de processo ético-disciplinar contra o deputado Antonio Carlos Rodrigues, sendo a medida mais adequada, considerando os fatos, advertir o Deputado, recomendando não reincidir nesse tipo de conduta", declarou o órgão partidário. Correligionário do PL Antonio Carlos Rodrigues é um político da "velha guarda" do Partido Liberal, pertence ao partido desde 1999 – décadas antes da chegada do clã Bolsonaro e seus apoiadores à sigla. O deputado é aliado de Valdemar Costa Neto em São Paulo. Ele foi um dos responsáveis pelas articulações para a retomada de Costa Neto do comando nacional do PL após o cumprimento da pena por participação no chamado esquema do Mensalão do PT. Antônio Carlos Rodrigues, é apontado como uma ponte de Costa Neto com o Alexandre de Moraes, uma vez que o deputado federal mantinha contato amistoso na política paulista com o agora ministro do STF. Carreira política Político de longa data, foi procurador da Assembleia Legislativa do Estado da cidade de São Paulo entre 1979 e 1989, quando virou secretário-adjunto da Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo, durante a gestão do ex-governador Orestes Quércia (MDB). Após a troca de governo, já na gestão do ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (MDB), assumiu a presidência da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP), onde ficou até 1994. Durante a gestão do então prefeito Paulo Maluf, virou chefe de Gabinete, Secretaria das Administrações Regionais do Município de São Paulo, em 1995. De lá, saiu para ser secretário da Secretaria de Serviços Públicos de Guarulhos, durante a gestão de Jovino Cândido (PV), onde ficou até 1999, quando disputou a eleição para vereador de Sâo Paulo. Na Câmara Municipal de São Paulo, ficou de 2000 a 2012, sendo presidente da casa por quatro anos. Em 2011, integra a campanha de Marta Suplicy (PT), para o Senado Federal, como seu primeiro suplente. Em parte do período em que a Suplicy foi escolhida como ministra da Cultura do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), assumiu o posto de titular da vaga no Senado Federal. Em 2014, foi convidado por Dilma para assumir como ministro dos Transportes do então novo governo. Por lá ficou até 2016, quando a presidente sofreu impeachment. Já na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, se tornou diretor de Planejamento do Departamento de Estradas e Rodagem (DER-SP), onde ficou até se tornar deputado federal por São Paulo na atual legislatura.

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