
Madu Cardoso, como é conhecida, foi uma das vencedoras da Academia LED, iniciativa da Globo. Reprodução/Arquivo Pessoal A Academia LED – Luz na Educação, em parceria com o Jornalismo Globo, divulgou os dez vencedores da segunda edição da iniciativa Academia LED | Jornalismo Globo na Universidade. O projeto busca fortalecer o diálogo com universidades, estudantes e professores, além de incentivar ideias jornalísticas de interesse público produzidas por alunos de Jornalismo. Entre os vencedores está a estudante Maria Eduarda Cardoso Santos, de 19 anos, aluna do 4º período do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Conhecida como Madu Cardoso, ela é estagiária do Portal CadaMinuto e teve a pauta selecionada a partir de um trabalho que aborda a reinvenção das marisqueiras do bairro Vergel do Lago, em Maceió, impactadas pelo afundamento do solo da lagoa Mundaú. Nesta edição, o tema foi “Inovação nas cidades: Onde o Nordeste se reinventa”, e recebeu propostas de estudantes de toda a região. Os dez selecionados participarão de uma jornada de imersão nas redações da Globo, conhecendo a rotina do jornalismo profissional. Cada vencedor receberá um aporte de R$ 10 mil para a produção da reportagem, que será exibida em uma das plataformas do grupo. Ao explicar a escolha do tema, a estudante destacou a relevância do caso. “O crime da Braskem é o maior desastre ambiental em curso no mundo e está aqui, bem debaixo dos nossos pés. Poder levar essa história a uma visibilidade nacional é muito significativo, não só para mim, mas para uma comunidade inteira”, afirmou. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Maria Eduarda contou que o processo de pesquisa começou ainda durante um estágio no g1, quando teve contato com reportagens sobre o tema. Segundo ela, uma matéria produzida pelo jornalista Yuri Melo serviu como base inicial para o aprofundamento da pauta, além das conversas diretas com as marisqueiras. “Elas relataram questões importantes, como a queda na coleta do sururu, que impacta diretamente a renda e o modo de vida da comunidade”, disse. Para a estudante, questões sociais e meio ambiente são temas inseparáveis. “O jornalismo é feito de apuração e de dar voz. A nossa profissão existe para contar histórias como essa. No caso de Maceió, o caso Braskem não deve ser esquecido pelo jornalismo alagoano”, afirmou. RESPONSABILIDADE Ao comentar o fato de ser a única estudante de Alagoas entre as finalistas, Maria Eduarda falou sobre o sentimento de responsabilidade. “É um misto de emoções. Fico triste porque poucos estudantes da Ufal se inscreveram, há muitas histórias importantes para contar, mas também é uma honra muito grande representar um estado que eu amo”, declarou. Ela também deixou um recado para outros estudantes de Jornalismo. “Confiem. Eu não acreditava que seria selecionada. Estar entre as finalistas já foi uma grande vitória. Cada estado do Nordeste tem histórias importantes para serem contadas, e a gente está aqui para isso”, concluiu.
