Polícia prende dona de cerimonial que deu golpe em pelo menos 18 clientes Uma empresária do setor de eventos foi presa em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (17), suspeita de aplicar golpes contra clientes. Segundo a Polícia Civil, Ariene Martins Lopes Sobral, proprietária da Flor de Anis Cerimonial, falsificava contratos para receber por serviços que não eram prestados. Ela teria causado um prejuízo superior a R$ 141 mil. De acordo com as investigações, após fechar contratos de cerimonial, a mulher se oferecia para intermediar negociações com outros fornecedores – de serviços como cabines fotográficas, chinelos personalizados e bandas de casamento – que, na realidade, não existiam. Ela apresentava contratos falsos aos clientes e indicava contas bancárias de familiares para o pagamento. As vítimas, então, transferiam o dinheiro, acreditando que estavam quitando os serviços, mas os valores eram desviados para a suspeita. Segundo a Polícia Civil, Ariene Martins atua como cerimonialista há muitos anos, mas as ocorrências contra ela começaram a ser registradas no último setembro. "Ela está sendo investigada principalmente pelos crimes de estelionato e apropriação indébita. [...] Mas ainda existem muitos pontos a serem esclarecidos, como se houve participação de terceiros", afirmou o delegado Anderson Resende. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Minas no WhatsApp Cerimonialista Ariene Martins Lopes Sobral, presa em BH Divulgação Após aplicar os golpes, a cerimonialista encerrou as atividades da empresa em 23 de outubro de 2025, sem aviso prévio, e interrompeu a comunicação com os clientes. Até o momento, 18 vítimas foram identificadas. A estudante Luana Nauana e o noivo fecharam um contrato com o cerimonial de Ariene no valor de R$ 7.500, dividido em 12 parcelas. A noiva desconfiou quando a cerimonialista pediu mais dinheiro, fora do que havia sido combinado em contrato. "Muitas vezes ela chegava para oferecer algum serviço, falando que tinha achado algum fornecedor mais barato, referente a lembrancinhas de padrinhos ou chinelo para usar no evento, assim como ela me mandou mensagem uma vez me pedido para adiantar o pagamento, sendo que minhas parcelas com ela terminavam dois meses antes do casamento", disse Luana. Os noivos chegaram a pagar seis prestações, quando receberam a notícia de que Ariene havia desativado as redes sociais. "Imediatamente eu mandei mensagem para ela no telefone do cerimonial, e ela já não recebia mais mensagens", contou a estudante. A suspeita da Polícia Civil é que a suspeita tenha feito mais vítimas que ainda não foram identificadas. Vídeos mais assistidos do g1 MG
