
Após reforma do Imposto de Renda, 47,5% dos professores do AC devem ficar isentos Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado na última quarta-feira (17), aponta que 47,5% dos professores da educação básica no Acre deve deixar de pagar Imposto de Renda após a mudança nas regras do tributo. A ampliação da faixa de isenção beneficia, principalmente, docentes com rendimentos mais baixos. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Segundo o levantamento, antes da reforma, apenas 12,7% dos professores acreanos estavam totalmente isentos do Imposto de Renda. Com a nova tabela publicada, esse percentual teve um aumento de 34,8 pontos percentuais. A mudança foi sancionada em novembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está prevista na Lei nº 15.270/2025, que ampliou a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para quem recebe até R$ 5 mil por mês e criou descontos para rendas de até R$ 7.350. Os dados do Ipea mostram ainda que, no Acre, a reforma reduziu significativamente a parcela de docentes enquadrados na alíquota máxima do imposto. Antes da mudança, 56,9% dos professores estavam na faixa mais alta de tributação. Após a reforma, esse percentual cai para 25%, uma redução de 31,9 pontos percentuais. LEIA MAIS Mais de 500 contribuintes do AC têm direito a lote residual do IR; CONFIRA IRPF 2025: mais de 1,1 mil acreanos estão contemplados no 5º lote; veja como consultar Imposto de Renda 2025: mais de 117 mil de contribuintes devem enviar declaração no Acre; veja regras Também houve leve diminuição no grupo intermediário, que passa de 30,4% para 27,5% dos docentes, faixa que agora se beneficia de descontos no valor do imposto pago. Na prática, isso significa que a maioria dos professores acreanos passa a ter mais renda disponível ao longo do ano, seja por isenção total ou por redução da cobrança do imposto. 47,5% dos professores do AC devem ficar isentos do Imposto de Renda Reprodução Impacto nacional No recorte nacional, o estudo estima que cerca de 620 mil professores da educação básica deixarão de pagar Imposto de Renda, e que mais de 1 milhão terão aumento na renda líquida. Considerando isenção e redução de alíquotas, 73,5% dos docentes brasileiros serão beneficiados. Antes da reforma, 19,7% dos professores no país eram isentos. Com a nova regra, esse percentual sobe para 51,6%, enquanto outros 21,9% passam a pagar menos imposto. O impacto é mais relevante entre docentes com salários próximos ao piso nacional do magistério, fixado em R$ 4.867,77 em 2025. Segundo o Ipea, antes da mudança, esses profissionais chegavam a pagar a alíquota máxima de 27,5%. Com a nova isenção, passam a não pagar nada de IR sobre esse rendimento. Além disso, o ganho médio anual estimado para esse grupo é de R$ 5.079,84, valor equivalente, na prática, a quase um salário adicional ao longo do ano. O levantamento também aponta diferenças entre professores da rede pública e da rede privada. Embora o setor público concentre a maior parte dos vínculos docentes no país, é na rede privada que a ampliação da faixa de isenção tem efeito proporcionalmente maior, já que os salários tendem a ser mais baixos e as jornadas, parciais. Após a reforma, 82,2% dos professores da rede privada estarão isentos, contra 42,5% na rede pública, segundo o estudo. VÍDEOS: g1
