Julgamento de motorista que causou acidente que matou policiais do COD é anulado após 19 horas

Published 2 hours ago
Source: g1.globo.com
Julgamento de motorista que causou acidente que matou policiais do COD é anulado após 19 horas

Morte policiais do COD: júri é anulado O julgamento do motorista acusado de provocar o acidente na BR-364, em Cachoeira Alta, na região sudoeste de Goiás, que deixou quatro policiais do Comando de Operações de Divisas (COD) mortos foi anulado após 19 horas de duração. A anulação foi determinada pelo juiz quando ele constatou que uma das juradas estava sorteando as suas cédulas de votação, comportamento proibido pela legislação processual penal. A informação está na ata da sessão do julgamento, fornecida ao g1 pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). O Ministério Público de Goiás (MPGO) também pediu a dissolução do conselho de sentença, pelo mesmo motivo. O julgamento começou às 8h30 de terça-feira (16) e foi encerrado às 3h05 do dia seguinte. De acordo com o TJGO, ainda não foi marcado um novo júri, mas será realizado em 2026. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Goiás no WhatsApp Jhonatan Murilo Leite é acusado de ter causado a morte do subtenente Gleidson Rosalen Abib, do 1º sargento Liziano José Ribeiro Junior, do 3º sargento Anderson Kimberly Dourado de Queiroz e do cabo Diego Silva de Freitas. Segundo a PM, os militares estavam em deslocamento durante um serviço no momento da colisão. O acidente aconteceu em abril de 2024. A perícia da Polícia Científica concluiu que o caminhoneiro invadiu a contramão e bateu contra a viatura na qual estavam os PMs. Segundo o documento, a caminhão estava a uma velocidade entre 110 e 120 km/h. O Ministério Público denunciou o caminhoneiro por homicídio doloso (quatro vezes, considerando as quatro vítimas), quando há intenção de matar. O MP também o denunciou pelo artigo 70 do Código Penal, quando o acusado pratica dois ou mais crimes mediante a “uma só ação ou omissão”. Os policiais militares Liziano José Ribeiro Júnior, Diego Silva de Freitas, Gleidson Rosalen Abib e Anderson Kimberly Dourado de Queiroz morreram em acidente com viatura e carreta na BR-364 Reprodução/Redes Sociais LEIA TAMBÉM Policiais morrem em acidente com viatura e carreta em rodovia de Goiás Caminhoneiro vira réu por causar acidente que matou quatro PMs Caminhoneiro invadiu a contramão e bateu contra viatura onde estavam policiais que morreram em acidente em rodovia de Goiás, conclui polícia Entenda a anulação Na ata do julgamento, o juiz Filipe Luis Peruca afirmou que percebeu que uma jurada estava embaralhando as cédulas de votação sobre alguns dos quesitos que estavam sendo julgados em relação aos crimes imputados ao réu. Ao ser questionada pelo magistrado, a mulher confirmou que fez isso porque era o primeiro júri do qual participava e não sabia da necessidade de a votação ser baseada na sua vontade, mesmo tendo sido orientada antes. "Nos termos da legislação processual penal que rege o procedimento do Tribunal do Júri, o voto do jurado deve consistir na expressão direta, pessoal e consciente de sua convicção", afirmou o juiz. Peruca acrescentou, ainda, que a escolha da cédula pela jurada (entre as opções "sim" e "não") não pode ser "fruto do acaso" porque contraria o próprio conceito de tribunal do júri, baseado na soberania dos vereditos formados de forma consciente. Ao ser anulado o julgamento, a defesa de Jhonatan pediu a revogação da sua prisão preventiva, o que foi negado pelo juiz. O g1 não conseguiu contato com a defesa do réu até a última atualização desta reportagem. Destroços de acidente que matou quatro PMs em rodovia de Goiás Reprodução/TV Anhanguera 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

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