
Moradores da BR-210 denunciam 40 anos de abandono e fazem protesto por asfalto no Amapá Moradores da Perimetral Norte, na BR-210, denunciam que vivem há mais de 40 anos em uma estrada de terra que nunca recebeu asfalto. A via, que corta municípios como Porto Grande, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio, é descrita por quem mora na região como um caminho perigoso. A população realizou um protesto pacífico nesta quarta-feira (17), às 6h da manhã, no km 118 da BR-210, em frente à Escola Campo Verde. O ato, chamado de “Asfalto Já”, reuniu famílias de várias comunidades da região. Baixe o app do g1 para ver notícias do AP em tempo real e de graça Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), informou que está em fase de elaboração a contratação do projeto de construção da Perimetral Norte (Veja a nota na íntegra no fim da reportagem). LEIA MAIS: Professor é preso acusado de estuprar aluno com deficiência em escola do Amapá Ação do MP busca pensão vitalícia para pessoas que ficaram cegas em mutirão de catarata no Amapá Carro capota e deixa condutor gravemente ferido na Rodovia Duca Serra, em Santana A comunidade afirma que a falta de pavimentação provoca acidentes, prejuízos econômicos e problemas de saúde causados pela poeira constante. Produtores rurais relatam que a estrada dificulta o escoamento da produção e reduz o valor dos alimentos vendidos. Um dos líderes do movimento, Erick Diego Farias Pereira, disse ao g1 que a via nunca recebeu pavimentação completa e que, durante o inverno amazônico, trechos ficam intrafegáveis. "Sofremos sério risco de saúde com a inalação de poeiras no verão, risco de acidentes fatais devido a Baixa visibilidade provocada pela poeira, e no período de inverno sofremos com a lama, disse. Em vídeos e mensagens compartilhadas entre as comunidades, moradores denunciam que a BR-210 permanece sem asfalto desde sua abertura, há mais de quatro décadas. Moradores da BR-210 denunciam 40 anos de abandono e fazem protesto por asfalto no Amapá Divulgação O representante relatou ainda que estudantes da escola estadual da região também relatam dificuldades para chegar às aulas, especialmente no período de estiagem, quando a poeira toma conta da estrada. "O DNIT realizou um serviço na BR210 usando "cimento" segundo eles para maior durabilidade da estrada. No entanto esse cimento é inalado junto com a poeira aumentando ainda mais o risco de doenças respiratórias", complementou o representante. Integrantes da mobilização informaram que uma comissão foi criada para dialogar com órgãos públicos. Segundo eles, documentos foram protocolados no DNIT na Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Corpo de Bombeiros e na Polícia Militar. O grupo afirma que o objetivo é chamar atenção para a necessidade de pavimentação da rodovia e cobrar melhorias que garantam segurança, saúde e condições dignas de deslocamento. Moradores da BR-210 denunciam 40 anos de abandono e fazem protesto por asfalto no Amapá Divulgação Nota do DNIT na íntegra O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes no Amapá (DNIT) informa que tem acompanhado desde a última semana as tratativas sobre as reivindicações de comunidades no trecho não pavimentado da BR-210/AP. A autarquia reforça que está em fase de elaboração a contratação do projeto de construção da Perimetral Norte. Além disso, está em licitação a substituição de todas as pontes de madeira do trecho e a implementação do Plano de Melhoramento das Rodovias Não Pavimentadas (PMNP), ainda no primeiro semestre de 2026. O Departamento também está em tratativas junto ao Ibama para liberação de Licença Ambiental específica e/ou temporária para atuar nos trechos urbanos dos municípios de Porto Grande, Pedra Branca e Serra do Navio, do qual aguardamos respostas para atuar com trabalhos de tratamento antipó na rodovia e minimizar os impactos causados pela poeira. A autarquia tem atuado com diálogo junto aos representantes do movimento, estando à disposição para apresentar todo o trabalho que vem sendo realizado no Amapá. O DNIT tem trabalhado no verão e no inverno, garantindo melhorias que dão ao estado o resultado de dois anos e meio sem registro de atoleiros. Os dados são visíveis por meio do Índice de Condição da Manutenção (ICM), medido pelo Governo Federal, que registrou 99% das rodovias do estado do Amapá em condições adequadas de trafegabilidade. Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:
