'Essa greve é ilegal', diz Adriane Lopes sobre paralisação dos ônibus em Campo Grande

Published 1 hour ago
Source: g1.globo.com
'Essa greve é ilegal', diz Adriane Lopes sobre paralisação dos ônibus em Campo Grande

g1 em 1 Minuto Mato Grosso do Sul: greve dos ônibus entra no segundo dia A prefeitura de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), afirmou, nesta terça-feira (16), que a greve dos motoristas do transporte coletivo, iniciada na segunda-feira (15), é ilegal e abusiva. Com 100% dos ônibus fora de circulação pelo segundo dia consecutivo, a paralisação afeta cerca de 110 mil usuários do sistema. Conforme os administradores da capital, a greve descumpre a exigência legal de manter ao menos 70% da frota em circulação e não foi comunicada com antecedência. Ainda de acordo com o município, a greve tem prejudicado a população e afetado serviços essenciais da capital. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Durante entrevista coletiva, a prefeita afirmou que já adotou todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis. Ela disse ainda que o município está em dia com os repasses financeiros ao Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo, e que não pode ser responsabilizado por atrasos salariais dos funcionários da empresa. Entretanto, o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira, afirmou que a paralisação tem origem no descumprimento do quarto termo aditivo do contrato, firmado em março de 2022. “Hoje, a dívida chega em R$ 39 milhões. Só nos últimos 12 meses, de novembro de 2024 a outubro de 2025, ela chega em R$ 8,5 milhões.” LEIA TAMBÉM Greve de motoristas de ônibus entra no segundo dia mesmo sob multa Comércio estima prejuízo de R$10 milhões com greve de ônibus Justiça aumenta multa para R$ 100 mil por dia após descumprimento de decisão em greve de ônibus População sofre transtornos por greve de ônibus em Campo Grande Entenda se patrão pode descontar o dia ou deve pagar transporte alternativo Segundo a prefeitura, foram repassados R$ 19 milhões em subvenções ao transporte público e R$ 16 milhões referentes ao vale-transporte dos servidores municipais. Além disso, o governo de Mato Grosso do Sul transferiu R$ 7 milhões ao consórcio e firmou um acordo de R$ 13 milhões, dos quais R$ 4 milhões ficaram para pagamento no próximo ano. A prefeitura informou que o consórcio discute na Justiça um pedido de reequilíbrio econômico do contrato. A empresa alega defasagem financeira e solicita aumento da tarifa técnica, que define o valor repassado pelo poder público. Segundo o município, essa é a única discussão em andamento e não há atraso nos repasses. Ainda segundo a administração municipal, o município também arca com as gratuidades do transporte, como as de estudantes da rede municipal, pessoas com deficiência e idosos. Pagamento salarial Sobre os salários e o 13º dos motoristas, a prefeitura afirmou reconhecer o direito dos trabalhadores, mas reforçou que a responsabilidade pelo pagamento é exclusiva do consórcio. Segundo o município, os repasses de dezembro foram antecipados para que a empresa tivesse condições de pagar o benefício. Ainda assim, o pagamento não foi realizado. A prefeitura informou que o caso agora tramita na Justiça. "Há uma ação em andamento na Justiça do Trabalho, com audiência marcada para a tarde desta terça-feira. O desembargador César, responsável pelo caso, aumentou para R$ 100 mil a multa diária aplicada ao consórcio pelo descumprimento de decisão judicial". "Todas as obrigações financeiras previstas em contrato foram cumpridas, apesar das dificuldades enfrentadas pelo município, e a paralisação não atende aos critérios legais previstos para uma greve", afirmou a prefeita. Terminal Morenão, vazio na madrugada desta terça-feira em segundo dia de greve em Campo Grande. Giovanna Dauzacker/TV Morena Veja vídeos de Mato Grosso do Sul

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