Cacique do povo Paresí em MT morre em aldeia 1 ano após diagnóstico de câncer

Published 7 hours ago
Source: g1.globo.com
Cacique do povo Paresí em MT morre em aldeia 1 ano após diagnóstico de câncer

Orivaldo Koremazokae Reprodução O líder indígena do Povo Haliti Paresí, Orivaldo Koremazokae, de 53 anos, mais conhecido como Cacique Xiru, morreu em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, na noite de domingo (15). Ele estava à frente da comunidade Utiariti e travava uma luta contra um câncer na medula óssea, diagnosticado em novembro do ano passado. Segundo o irmão da vítima, Adylson Waymare, o cacique era conhecido pelo papel de pacificador e articulador dentro da comunidade, sempre buscando o diálogo e a união entre os moradores. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias de MT em tempo real e de graça Ele contou que Orivaldo atuava em projetos de desenvolvimento econômico sustentável, como a agricultura local, e era coordenador do projeto de etnoturismo Salto Utiariti, que visa valorizar a cultura Paresí e gerar renda para a comunidade. “Ele organizava a comunidade, cuidava das mulheres, crianças e jovens e era muito querido por todos. Sempre buscava que pudéssemos viver em paz por meio do nosso próprio trabalho”, afirmou Adilson. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Orivaldo também era conhecido pelo apelido Xiru, inspirado na música gaúcha, pelo uso de botina e chapéu. O líder indígena foi diagnosticado com síndrome mielodisplásica em novembro de 2024, após sentir tontura durante uma feira de turismo no Rio de Janeiro. Nos meses seguintes, passou por tratamentos no Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCAN), incluindo sessões de quimioterapia e internações na UTI. “Ele passou por vários tratamentos e chegou a se recuperar, mas no mês passado teve uma recaída e ficou internado por 43 dias. Recebeu alta no sábado e faleceu no domingo em casa, como ele queria, junto da família e da comunidade”, contou Adilson. O hospital confirmou que a última alta ocorreu em 24 de novembro de 2025 e que não houve registros de novas internações após essa data. A família explicou que, diante da gravidade da doença e da ineficácia dos medicamentos, foi feita a escolha de que Orivaldo passasse seus últimos dias entre os parentes, na aldeia. Orivaldo deixa a esposa e oito filhos.

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