Alvo constante de ataques, Padre Júlio Lancelotti deixa de transmitir missas e suspende presença em redes sociais

Published 8 hours ago
Source: g1.globo.com
Alvo constante de ataques, Padre Júlio Lancelotti deixa de transmitir missas e suspende presença em redes sociais

Foto de arquivo de 09/01/2020 do padre Júlio Lancellotti na Igreja de São Miguel Arcanjo, na capital paulista. WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO Alvo constante de ataques, o padre Júlio Lancelotti, pároco da igreja de São Miguel Arcanjo, na Mooca, Zona Leste de São Paulo, anunciou que não irá mais transmitir as suas missas on-line e vai suspender as atividades nas redes sociais temporariamente. Coordenador da Pastoral do Povo de Rua, Lancelotti é conhecido pelo trabalho com as pessoas em situação de extrema vulnerabilidade e pela luta contra a aporofobia — o ódio ou desprezo aos pobres. A determinação teria partido do cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, segundo a Folha de S.Paulo. Também tem circulado nas redes sociais uma possível transferência de Lancelotti da paróquia. No entanto, ele diz que essa informação não procede. Questionada pela GloboNews, a Arquidiocese se limitou a informar que "eventuais questões tratadas entre o arcebispo e um padre dizem respeito ao âmbito interno da Igreja e são conduzidas diretamente entre eles". Veja os vídeos que estão em alta no g1 2 milhões de seguidores Nas redes sociais, o padre acumula mais de 2 milhões de seguidores. Aos domingos, ele costumava transmitir as missas celebradas às 10h pelo YouTube no canal da Rede TVT (TV dos Trabalhadores). Em nota, Lancelotti disse que "as missas dominicais continuam sendo celebradas normalmente as 10h00, na Capela da Universidade São Judas - Mooca. As redes sociais não estão sendo movimentadas por um período de recolhimento temporário". "Não procede a informação sobre transferência da Paróquia São Miguel Arcanjo. Reafirmo minha pertença e obediência à Arquidiocese de São Paulo", complementou. Alvo de ataques Júlio Lancelotti é alvo recorrente de ataques de políticos, especialmente por sua atuação junto à população em situação de rua e por denunciar políticas públicas que criminalizam a pobreza. Entre os nomes que provocam esses ataques está o vereador Rubinho Nunes (União), que chegou a protocolar um pedido de CPI para investigar o trabalho do padre e de ONGs ligadas ao atendimento de pessoas vulneráveis. Neste ano, o vice-prefeito da capital, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), também responsabilizou publicamente Lancelotti pela formação de uma “nova Cracolândia”.

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