Greve na Unicamp: com adesão de 30%, servidores protestam contra mudança de gestão do complexo de saúde

Published 5 hours ago
Source: g1.globo.com
Greve na Unicamp: com adesão de 30%, servidores protestam contra mudança de gestão do complexo de saúde

Servidores da Unicamp entram em greve contra projeto para mudar gestão da saúde Funcionários da Unicamp, em Campinas (SP), entraram em greve e realizaram passeata contra a mudança de gestão da área da saúde da universidade na manhã desta segunda-feira (15). O projeto que propõe que o complexo de saúde seja transformado em autarquia deve ser votado em reunião do Conselho Universitário nesta terça-feira (16) - entenda a mudança proposta abaixo. Cerca de 30% dos servidores da saúde estão paralisados, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), e funcionários se revezam nas áreas hospitalares para garantir a manutenção dos serviços conforme previsto em lei. O sindicato informou que as áreas com maior impacto são os ambulatórios e as cirurgias eletivas. Já o Hospital de Clínicas afirmou que está com todas as atividades assistenciais eletivas e de urgência normais. A Reitoria informou que não há paralisação das atividades na Unicamp. "A Reitoria respeita as diferentes formas de manifestação", disse, em nota. Trabalhadores percorreram as ruas da Unicamp no fim da manhã, com faixas e acompanhados de um carro de som. A greve, aprovada em assembleia no dia 11 de dezembro, deve ser mantida por 48 horas, até esta terça. Após a reunião do Consu, o comando de greve reavaliará a mobilização, segundo o sindicato. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp O que mudaria na saúde? De acordo com a proposta, a área da saúde, que hoje integra diretamente a estrutura administrativa e orçamentária da Unicamp, seria transformada em uma autarquia chamada Hospital das Clínicas da Unicamp (HC-Unicamp). a proposta é de que a autarquização seja aprovada (institucional e legalmente) no primeiro semestre de 2026 a estruturação administrativa e financeira ocorreria entre 2026 e 2027, e a expansão e consolidação do projeto aconteceriam entre 2027 e 2036 a autarquia reuniria oito órgãos, incluindo o atual Hospital de Clínicas (HC) e o Hospital da Mulher (Caism) ela passaria a ser vinculada à Secretaria de Saúde de SP, para fins administrativos e orçamentários Segundo a Unicamp, com a autarquização, cerca de 17% do orçamento — equivalente a R$ 1,1 bilhão — deixaria de ser destinado à saúde. Esses recursos seriam direcionados para expansão acadêmica, criação de novos cursos e infraestrutura. Para o STU, a autarquização significa a perda do "controle administrativo e financeiro do complexo" da área da saúde. Além disso, o sindicato afirma que não há garantias de que não haveria uma demissão dos funcionários em massa ou da manutenção da qualidade do atendimento de saúde de alta complexidade. LEIA TAMBÉM Entenda em 7 pontos como Unicamp quer transformar complexo de saúde em autarquia Servidores da Unicamp entram em greve e protestam contra projeto para mudar gestão do complexo de saúde Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Campinas

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