São Paulo é a 8ª cidade mais estressante do mundo em ranking internacional; Nova York lidera lista

Published 7 hours ago
Source: g1.globo.com
São Paulo é a 8ª cidade mais estressante do mundo em ranking internacional; Nova York lidera lista

Passageiros no Terminal Itaquera, na Zona Leste de SP Arquivo Pessoal Um estudo da Remitly, empresa norte-americana de serviços financeiros, aponta que São Paulo é a oitava cidade mais estressante do mundo. No topo do ranking aparece Nova York, nos Estados Unidos, seguida por Dublin, na Irlanda. A Cidade do México ocupa a terceira posição. Veja a lista das 10 mais estressantes: Nova York (EUA): 7,56 Dublin (Irlanda): 7,55 Cidade do México (México): 7,38 Manila (Filipinas): 7,34 Londres (Reino Unido): 7,25 Milão (Itália): 7,25 Atenas (Grécia): 7,23 São Paulo (Brasil): 7,14 Turim (Itália): 6,90 Kolkata (Índia): 6,89 Segundo a empresa, foram coletados dados de 170 cidades, consideradas grandes centros urbanos, em outubro deste ano. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Esses centros foram selecionados a partir da disponibilidade de informações nos bancos de dados da TomTom, responsável por um relatório global que analisa o trânsito, e outras fontes internacionais, incluindo Universidade Cornell, Macrotendências, Fundação para Pesquisa sobre Igualdade de Oportunidades, Biblioteca Nacional de Medicina e CEO World. A classificação final combinou cinco fatores para definir a pontuação geral de estresse. Foram esses: Tempo médio para percorrer 10 km; Índice de custo de vida, que avalia preços de itens essenciais sem incluir moradia, segundo o Numbeo (base de dados mundial sobre cidades e países); Índice de saúde, que mede acessibilidade e qualidade do sistema de saúde, também via Numbeo (base de dados mundial sobre cidades e países); Índice de criminalidade, baseado na percepção global de segurança, do Numbeo (base de dados mundial sobre cidades e países); Poluição média anual, medida em µg/m³ e obtida no IQAir, empresa suíça de tecnologia focada em qualidade do ar. LEIA TAMBÉM: SP é eleita a 18ª melhor cidade do mundo e fica à frente de Rio, Miami e Lisboa; veja por que capital apareceu na lista Cada fator recebeu uma pontuação, que deu origem a um índice final entre 0 e 10. Então, quanto mais próximo de 10, mais estressante é a cidade. O estudo apontou também que os motivos que elevam o estresse variam: na América Latina, incluindo Cidade do México e São Paulo, questões de segurança têm grande peso. Já na Europa e na América do Norte, o custo de vida aparece como o principal fator. "A perspectiva de cada indivíduo sobre o estresse será diferente. Esta é apenas uma visão de como viver em diferentes lugares do mundo pode influenciar o estresse com base em fatores financeiros, ambientais e de saúde", informou a empresa na divulgação do estudo. As cidades mais estressantes Manhattan Timothy A. Clary/AFP Nova York lidera o ranking global, com índice de estresse de 7,56. Segundo o relatório, a combinação de congestionamento, criminalidade elevada e altos níveis de poluição coloca a metrópole americana no topo da lista. Um estudo da Universidade Cornell mostra que o aumento dos gastos cotidianos é a maior preocupação dos moradores. Apesar do bom sistema de saúde e do ar mais limpo, a pressão financeira segue intensa. Logo atrás aparece Dublin (7,55), que enfrenta longos deslocamentos, 32 minutos por 10 km, e dificuldades de acesso à habitação, com preços que superam os rendimentos. A capital irlandesa registra índice de poluição de 6,6 µg/m³. Em terceiro lugar está a Cidade do México (7,38), onde moradores levam quase 32 minutos para percorrer 10 km e enfrentam um dos índices de criminalidade mais altos do ranking. A falta de segurança e o congestionamento afetam diretamente o estresse da população. Trânsito na região da ponte Octávio Frias de Oliveira, a ponte estaiada, na Zona Sul de SP Celso Tavares/g1 As cidades menos estressantes Na outra ponta do ranking, Eindhoven (nos Países Baixos) foi classificada como a cidade menos estressante do mundo, com pontuação de 2,34. Os moradores levam menos de 15 minutos para percorrer 10 km, contam com fortes serviços públicos e um sistema de saúde de alta qualidade — o país ocupa o 4º lugar no Índice Mundial de Inovação em Saúde de 2024. Utrecht (2,67), também nos Países Baixos, aparece em segundo lugar. A cidade tem baixo índice de criminalidade e bons indicadores de saúde, além de poluição significativamente menor que metrópoles como Calcutá ou Manila. Canberra (2,80), na Austrália, completa o top 3, com deslocamentos curtos, ar limpo — médio anual de 3,9 µg/m³ em 2024 — e custo de vida mais baixo que o das cidades holandesas. Porém, índices de criminalidade mais altos e assistência médica menos robusta impedem que a capital australiana lidere o ranking. Segundo a Remitly, essas cidades demonstram que “um ritmo de vida mais tranquilo é possível”, especialmente onde há infraestrutura sólida, boa saúde pública e custo de vida equilibrado. Dublin ficou em segundo lugar no ranking de cidades mais estressantes Pixabay Os fatores que mais influenciam o estresse O estudo também destaca quais cidades lideram, positivamente ou negativamente, cada indicador analisado: Deslocamento: Calcutá, Índia, tem o pior tempo (34 min33s), enquanto San Antonio, nos EUA, é a mais rápida (10 min13s). Custo de vida: Basileia, na Suíça, tem o índice mais alto (119,6); Jaipur, na Índia, o mais baixo (19,2). Qualidade da saúde: Taipei, no Taiwan, lidera com 87,1; Cairo, no Egito, tem a menor pontuação (45,8). Criminalidade: Pretória, na África do Sul, registra o índice mais alto (81,9); Abu Dhabi, o mais baixo (11,0). Poluição do ar: Jaipur, na Índia, tem o pior nível anual (53,7 µg/m³); Gold Coast, na Austrália, o melhor (2,8 µg/m³). Londres, Inglaterra, ficou em quinto lugar no ranking das cidades mais estressantes do mundo Unsplash/Charles Postiaux

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