
Elon Musk em imagem de março de 2025 Matt Rourke/AP A SpaceX, empresa de foguetes de Elon Musk, se prepara para abrir seu capital e entrar na bolsa de valores em 2026. Antes disso, a companhia iniciou uma oferta secundária de ações e estabeleceu o seu valor em US$ 800 bilhões (cerca de R$ 4,3 trilhões). O cálculo aparece em uma carta a acionistas enviada na última sexta-feira (12) pelo diretor financeiro da SpaceX, Bret Johnsen, e obtida pela agência de notícias Reuters. No documento, o executivo afirma que a empresa aprovou um acordo em que investidores novos ou existentes poderão comprar até US$ 2,56 bilhões (R$ 13,87 bilhões) em ações de acionistas elegíveis. Cada ação custará US$ 421 (R$ 2.280). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Esta é uma etapa anterior à entrada da SpaceX na bolsa, o que deve acontecer em junho de 2026, de acordo com a Reuters. Até lá, a empresa espera subir seu valor de mercado e ser avaliada em US$ 1,5 trilhão (R$ 8 trilhões). Caso esse valor seja confirmado, Elon Musk ficaria próximo de se tornar o primeiro trilionário do mundo, considerando valores em dólares. Sua fortuna saltaria de US$ 460 bilhões para US$ 952 bilhões (de R$ 2,4 trilhões para R$ 5,1 trilhões), segundo cálculos da Bloomberg. A estimativa considera principalmente as fatias que Musk detém da SpaceX e da montadora Tesla. A empresa de carros elétricos é avaliada em US$ 1,5 trilhão e faz parte do grupo das "Sete Magníficas", que inclui Nvidia, Apple, Microsoft, Meta, Alphabet e Amazon. Acionistas da empresa de carros elétricos aprovaram em novembro um pacote de remuneração de até US$ 878 bilhões (R$ 4,7 trilhões) para Musk. A quantia poderá ser paga se a empresa alcançar metas durante os próximos 10 anos. O plano da SpaceX de entrar na bolsa acontece em meio à rápida expansão do serviço de internet via satélite Starlink e do avanço do projeto da supernave espacial Starship. A expectativa é de que a empresa tenha um dos melhores resultados de uma IPO (sigla em inglês para "oferta inicial de ações"), que marca a estreia de uma companhia na bolsa de valores. "Estamos preparando a empresa para um possível IPO em 2026. Se isso realmente acontecerá, quando acontecerá e a que avaliação ainda são questões bastante incertas, mas acreditamos que, se executarmos o plano de forma brilhante e os mercados cooperarem, uma oferta pública poderá levantar uma quantia significativa de capital", disse Johnsen. A empresa pretende usar a quantia que levantar na bolsa de valores para ampliar a frequência de voos da Starship, implantar data centers de inteligência artificial no espaço, construir uma base na Lua e enviar missões tripuladas e não tripuladas a Marte, disse o executivo.
