
Professor Wagner de Oliveira Fernandes Acervo pessoal A família do professor de história Wagner de Oliveira Fernandes, de Limeira (SP), enfrenta dificuldades para trazê-lo de volta ao Brasil após o educador sofrer acidentes vasculares cerebrais (AVCs) durante uma viagem ao México. O docente está inconsciente, sedado e entubado, na Cidade do México, e a família tenta reunir recursos para contratar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea. Esposa de Wagner, a médica Silvana Penachione contou que estava com ele em uma viagem de férias. A intenção do casal era conhecer a história das civilizações pré-colombianas e a história do México. No entanto, durante a estadia no país, no último dia 9, Wagner sofreu uma arritmia cardíaca. Segundo Silvana, inicialmente, eles foram a um hospital público, que o liberou. Então, acionaram o seguro. 📲 Siga o g1 Piracicaba no Instagram Veja os vídeos que estão em alta no g1 "Não quiseram fazer um procedimento corriqueiro para converter a arritmia (que fazemos no Brasil) e optaram por um procedimento caro chamado ablação. Porém, após essa ablação (que posteriormente será investigada quando eu chegar no Brasil, com colegas médicos), ele teve um AVC. Cheguei para visitá-lo e, na maca, percebi o AVC. Eu fiz o diagnóstico de AVC dele. Os profissionais do hospital não haviam percebido", contou a médica. O professor precisou passar por mais dois procedimentos médicos. O casal ficaria no México até o último dia 16. A família relatou que, agora, enfrenta dificuldades para receber assistência pública na repatriação de Wagner. Silvana informou que a embaixada disponibilizou apenas auxílio com questões burocráticas, como auxiliar em visto de emergência para outra pessoa ir até o México. "O governo já sabe de nosso caso e nada é feito. Preciso de ajuda. A UTI móvel custa R$ 650mil. Não posso deixá-lo pra trás e não posso ir pra casa retomar meu trabalho. Estou bastante devastada, nunca pensei em passar por isso", desabafou a esposa. Wagner é professor em Limeira e Piracicaba Acervo pessoal Vaquinha para reunir recursos Familiares criaram uma vaquinha virtual e, também, uma página no Instagram para divulgar a campanha. "Estamos fazendo uma vaquinha para tentar trazê-lo de volta. Também buscamos algum apoio das autoridades para essa repatriação. Os valores da UTI aérea são muito altos. Fizemos essa vaquinha que tem mobilizado muita gente, e está muito bonita. Mas é muito difícil chegar ao valor total de cerca de R$ 650 mil", contou uma das filhas de Wagner, a revisora de textos Janaína Mello. A página em rede social tem reunido depoimentos de uma série de pessoas, entre elas alunos e ex-alunos, em apoio à campanha de arrecadação de fundos e em solidariedade a Wagner, que é professor de ensino médio e cursinho em Piracicaba e Limeira. Ele é lembrado pela filha por seu carisma. "[Ele é] uma pessoa muito generosa e sempre de bom humor", descreve Janaína. O que diz o consulado Em nota ao g1, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil na Cidade do México, informou que tem conhecimento do caso e "presta a assistência consular cabível". No entanto, não foi detalhada a assistência prestada. "O atendimento consular prestado pelo estado brasileiro é feito a partir de contato do cidadão interessado ou, a depender do caso, de sua família. A atuação consular do Brasil pauta-se pela legislação internacional e nacional [...] Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não divulga informações pessoais de cidadãos que requisitam serviços consulares e tampouco fornece detalhes sobre a assistência prestada a brasileiros", acrescentou. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e Região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
