Crime da 113 Sul: juiz autoriza acesso integral de Adriana Villela às mídias do processo e acolhe outros pedidos; veja detalhes

Published 14 hours ago
Source: g1.globo.com
Crime da 113 Sul: juiz autoriza acesso integral de Adriana Villela às mídias do processo e acolhe outros pedidos; veja detalhes

Crime da 113 Sul: quem é Adriana Villela, acusada de mandar matar os próprios pais O Tribunal do Júri de Brasília aceitou, nesta segunda-feira (15), cinco pedidos da defesa de Adriana Villela para a reanálise do caso em primeira instância. Entre os pedidos acatados, está o acesso integral de Adriana ao acervo de mídias do processo (veja lista abaixo). Outros dois pedidos foram negados. As solicitações de novos depoimentos, novas perícias e degravações foram feitos em outubro pela defesa de Adriana Villela. Adriana Villela foi condenada, em 2019, como suposta mandante do triplo homicídio, conhecido como Crime da 113 Sul. Mas em setembro de 2025, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou a condenação de Villela, por entender que houve cerceamento de defesa, e o caso voltou à primeira instância. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Qual foi a decisão do Tribunal do Júri? O Tribunal do Júri aceitou cinco pedidos feitos pela defesa de Adriana Villela: Acesso integral ao acervo de mídias do processo: defesa pode ir a partir desta segunda-feira à vara para copiar os arquivos Apresentação de uma listagem cronológica de todos os depoimentos prestados na Coordenação de Investigação de Crimes contra a Vida (Corvida): Justiça determinou o prazo de cinco dias para apresentação do relatório, com informações se foram gravados em áudio e/ou vídeo Reconstituição do trajeto da acusada no dia do crime (28/08/2009) foi deferido parcialmente: decisão define que elaboração do relatório vai ser feita com os elementos que já estão no processo e deu o prazo de cinco dias para autoridade policial Elaboração de quatro relatórios sobre as estações rádio-base (ERBs): Justiça deu o prazo de 15 dias para apresentação dos relatórios dos terminais telefônicos de Leonardo Campos Alves, Paulo Cardoso Santana – os dois condenados pela execução do crime–, Neilor Teixeira da Mota – tio de Paulo –, José Guilherme Villela, Maria Villela e Francisca Nascimento da Silva e análises de ligações telefônicas Oficiar o síndico do condomínio da SQS 113, Bloco C: decisão determinou que ele informe a relação e horário de trabalho dos porteiros que prestaram serviço nos dias 27 a 31 de agosto de 2009 Outros dois pedidos foram negados: Perícia sobre os dados digitais dos arquivos de CD e DVD: segundo o tribunal, são mídias físicas que não registram logs de acesso ou modificação como sistemas em rede Degravação dos arquivos de áudio e vídeo dos depoimentos: de acordo com a decisão, não há obrigação legal do Poder Judiciário de conceder a transcrição integral dos depoimentos Além disso, o Tribunal do Júri determinou que o pedido de novos depoimentos de testemunhas e informantes foi adiado e vai ocorrer somente depois da produção e entrega das provas documentais solicitadas. O documento da defesa de Villela foi apresentado após o juiz que assumiu o caso intimar, em 30 de setembro, os advogados a se manifestarem sobre a necessidade de novas provas e determinar que as provas já produzidas fossem validadas. A lista de depoimentos inclui Francisco Mairlon Barros Aguiar, inocentado na última terça-feira (14) após o STJ reconhecer que depoimentos dados sob pressão de investigadores não são prova suficiente (veja abaixo). Crime da 113 Sul O crime ocorreu em 28 de agosto de 2009, no sexto andar do bloco C da 113 Sul, quadra nobre de Brasília. No local, residiam José Guilherme Villela e sua esposa, Maria Villela. Os dois formavam um renomado casal de advogados, responsáveis por um escritório que atendia o mais alto escalão da capital federal, incluindo ex-presidentes e ministros. Foram mortos a golpes de faca: José Guilherme Villela, 73 anos, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), morto com 38 facadas; Maria Carvalho Mendes Villela, 69 anos, advogada, morta com 12 facadas; Francisca Nascimento da Silva, 58 anos, a empregada doméstica da família, morta com 23 facadas. Quem é Adriana Villela? Adriana Villela no documentário 'Crime da 113 Sul' TV Globo Nascida em Brasília em 1964, Adriana Villela é filha de José Guilherme Villela e Maria Carvalho Mendes Villela. Além de Adriana, o casal também teve Augusto Villela, o filho mais novo. Adriana graduou-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB) em 1987. Após 20 anos, obteve o título de mestre em desenvolvimento sustentável, também pela UnB. Em meados de 2010, cerca de um ano após o crime, a arquiteta se mudou para um apartamento no Leblon, no Rio de Janeiro. O empreendimento foi deixado pelos pais para ela. Recentemente, ela se mudou para uma cidade no interior da Bahia, onde vive atualmente. Relatos ainda dão conta de que ela vem pouco para Brasília devido à memória do crime – que ainda é muito viva na capital. VÍDEO: mulher tem carro depredado por adolescentes durante ação social no DF SAÚDE MENTAL NO DF: com a 2ª pior cobertura de CAPS do país, DF segue ritmo lento para ampliar atenção à saúde mental Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

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