Assassinato de um dos mais importantes generais russos coloca em risco negociações de paz com Ucrânia

Published 4 hours ago
Source: g1.globo.com
Assassinato de um dos mais importantes generais russos coloca em risco negociações de paz com  Ucrânia

Bomba mata general russo em Moscou Uma explosão em Moscou matou um dos principais generais da Rússia. O ataque está sendo atribuído à Ucrânia. Às vésperas do Natal, a guerra mostrou que também atinge, com precisão, o coração da Rússia. Uma explosão no início da manhã, em uma área residencial de Moscou, matou um dos oficiais mais graduados das Forças Armadas russas e expôs uma vulnerabilidade rara dentro do próprio território russo. Uma bomba destruiu o carro do tenente-general Fanil Sarvarov quando ele deixava um estacionamento. Sarvarov tinha 56 anos, e atuava diretamente na preparação das tropas envolvidas na guerra contra a Ucrânia. O atentado tem um peso que vai além da morte de um alto oficial. Representa um constrangimento direto para Vladimir Putin e deve provocar uma resposta militar ainda mais dura do Kremlin, num momento em que Moscou tenta manter a imagem de controle absoluto sobre a segurança interna. Diversas versões estão sendo analisadas, e uma delas considera a possível participação dos serviços de inteligência da Ucrânia, disse a porta-voz do Comitê Investigativo da Rússia. No ano passado, a Ucrânia assumiu a autoria de um ataque semelhante contra outro general russo de alto escalão, morto por uma bomba do lado de fora do prédio onde morava. No campo político, a pressão internacional aumentou. Nesta segunda-feira, o Conselho Europeu renovou por mais seis meses as sanções econômicas contra a Rússia. O Kremlin classificou como “absolutamente falsa” uma avaliação atribuída ao serviço secreto americano de que Vladimir Putin teria planos de ampliar a guerra para além da Ucrânia. Ao mesmo tempo, o vice-ministro das Relações Exteriores afirmou que Moscou estaria disposta a assinar um documento legal garantindo que não pretende atacar países da União Europeia nem membros da Otan. Enquanto a Rússia continua bombardeando diariamente cidades ucranianas, esse atentado indica que a guerra também pode atingir o centro do poder russo. Em um conflito que já se aproxima de quatro anos, o episódio aumenta a tensão internacional e reduz, ainda mais, o espaço para qualquer solução negociada.

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